Prémio de investigação Dr. João Eulálio Peixoto de Almeida arranca em 2022

A Santa Casa da Misericórdia de Braga vai avançar, em 2022, com a primeira edição do Prémio de Investigação Dr. João Eulálio Peixoto de Almeida. Trata-se de um prémio bianual com um valor pecuniário de 1.500 euros que pretende honrar a memória do provedor que esteve no comando da instituição entre os anos conturbados de 1976 e 1978.
Assistência, cultura, economia social, património, arte e religião são as áreas em que os interessados podem apresentar trabalhos, no sentido de chamar à atenção para a história da Misericórdia. Na conferência de imprensa, esta terça-feira, no Palácio do Raio, a professora do departamento de história da Universidade do Minho, Marta Lobo, frisou que este é um galardão que pretende chamar à atenção para a história da instituição.
A este prémio só podem concorrer cidadãos portugueses. Cada candidato deve apresentar cinco exemplares impressos e em formato digital. Cada trabalho deve ter entre 20 mil a 40 mil palavras sem contar com as fichas técnicas, índices, anexos ou comentários.
O vencedor vai ver o seu trabalho publicado na revista da Misericórdia de Braga, além de serem publicados 150 exemplares do mesmo.
Os trabalhos podem ser entregues pessoalmente mediante comprovativo emitido a favor do concorrente, no Palácio do Raio, até 31 de julho de cada ano, até às 17h00, ou podem ser enviados via postal.
Bernardo Reis, atual provedor da Santa Casa da Misericórdia de Braga, recordou um homem “corajoso e sem medo” que impediu a “falência ou dissolução” da estrutura. O advogado teve de enfrentar diversos desafios criados pelo Decreto-Lei nº 704/75 de 7 de dezembro de 1975.
Entretanto, conseguiu uma indemnização pelo equipamento médico-cirúrgico, tendo negociado uma renda mensal. Além disso, conseguiu salvaguardar quase todo o arquivo quinhentista depositando-o no Arquivo Distrital de Braga.
Na cerimónia marcaram presença os filhos do homenageado. Rosalvo Peixoto de Almeida agradeceu a iniciativa que “faz com que a memória (do pai) volte a reviver”.
