Bruno Fernandes promete regulamento para habitação a preços controlados em Guimarães  

O candidato da coligação Juntos por Guimarães, Bruno Fernandes, promete apresentar um regulamento para garantir um aumento da oferta global da habitação e fixar a população jovem na cidade, caso seja eleito presidente da Câmara Municipal de Guimarães, nas próximas eleições autárquicas.

Habitação, demografia e emprego são algumas das áreas que, na opinião da coligação de direita, “não têm sido valorizadas” pela gestão socialista de Domingos Bragança.

Esta terça-feira, em conferência de imprensa, Bruno Fernandes apresentou a primeira de um conjunto de propostas que visam responder aos problemas identificados no concelho de Guimarães.

O social democrata frisa que a gestão de uma autarquia “tem que se centrar nos problemas do dia-a-dia dos cidadãos”, e os problemas identificados precisam de uma resolução “rápida” que não tem sido encontrada pela atual gestão de Domingos Bragança, há oito anos no poder.

Recordando que entre 2010 e 2018 Guimarães perdeu mais de 5500 habitantes, “quando outros concelhos vão perdendo menos e outros até vão crescendo”, o candidato social democrata referiu que aquilo a que se assiste nos últimos anos em Guimarães “não é uma tendência natural dos concelhos com as caraterísticas de Guimarães e com a sua localização”.

Realçando que o problema da habitação “já não é um exclusivo das famílias mais carenciadas”, Bruno Fernandes assinala que a classe média e os jovens jã não conseguem habitação a preços acessíveis o que implica a perda da “geração mais dinâmica e mais bem formada” que “vai viver e empreender para concelhos vizinhos”.

Ora, para a mudança do cenário atual, o candidato à Câmara Municipal de Guimarães garante estar a trabalhar num regulamento que seja apresentado nos primeiros seis meses do mandato, na Assembleia Municipal, tendo em vista a “regulação da forma como o município pode contribuir para um programa de habitação a custo justo”. “Isto é para desenvolver através de parcerias público privadas, destinadas a aumentar a oferta habitacional a custos controlados, preferencialmente nas vilas, garantindo ainda um investimento na requalificação e dinamização das zonas estratégicas do concelho”, detalhou o social democrata.

O candidato da coligação Juntos por Guimarães lembra que o município tem terrenos e regula a fiscalidade municipal  ou o PDM e, por isso, deve negociar com os privados tendo em vista a possibilidade de vantagens para os vimaranenses que pretendam arrendar ou comprar casa. “O município tem um número alargado de instrumentos para disponibilizar aos vimaranenses habitação a custo justo”, avisa.

Será depois fixada a modalidade de parceria e os benefícios fiscais promovidos pelo município tendo em vista o incentivo à disponibilização de habitação para venda ou arrendamento, definindo tetos máximos de custos.

A coligação de direita em Guimarães promete também mais habitação social e considera que deve ser a CASFIG a fazer a gestão do parque de habitação social, defendendo também a reabilitação dos edifícios atuais.

Para os jovens, será promovida uma outra medida que promova a construção de habitações próprias, nas freguesias, através de um conjunto de isenções ou reduções de taxas e licenças.

Está também pensado um incentivo para o projeto de arquitetura tendo em vista a reabilitação de habitações existentes adquiridas por jovens. 

“Teremos uma verba afeta a este programa global que vai custear o valor do projeto dessa reabilitação”, revelou ainda o candidato e vereador da oposição no executivo municipal que diz que se a coligação de direita vencer as eleições autárquicas em Guimarães, os incentivos à requalificação urbana também vão chegar aos construtores, desde que se destinem ao arrendamento jovem.

A coligação de direita promete reunir com privados tendo em vista a disponibilização de casas a preços mais acessíveis, impedindo o abandono das famílias mais jovens para concelhos vizinhos com preços mais competitivos.