Guimarães quer ajudar jovens na procura de habitação e emprego

A Câmara de Guimarães garante que vai ajudar os jovens do concelho na procura de emprego e habitação, duas das lacunas identificadas no plano municipal para juventude, apresentado na passada terça-feira pelo município.

O documento tem mais de 70 páginas e explana os objetivos para o desenvolvimento de políticas públicas para a juventude a nível concelhio, tendo envolvido mais de 800 pessoas através de um processo de auscultação realizado ao longo dos últimos três anos.

O plano voltou a ser apresentado hoje, desta vez em sede de reunião pública de executivo, e, no final, a vice-presidente do município, Adelina Paula Pinto, garantiu que a autarquia vai “fazer todos os possíveis para dar resposta” aos problemas sinalizados para “manter os jovens felizes, cá”.

“Não podemos dar emprego mas podemos fazer um trabalho sério com as empresas para que se encontrem mecanismos para a subida de salários”, vincou, acrescentando que a habitação é outra área para a qual o município está a tentar encontrar soluções para a retenção dos habitantes mais novos.

“Para os jovens universitários, estamos a fazer um trabalho para alocar uma série de edifícios para novas residências”, frisou, alertando ainda que é necessário “moderar as rendas sob pena de o centro da cidade ficar sem população”.

Oposição critica momento para o lançamento do plano

O plano municipal para a juventude foi apresentado perante a oposição e o vereador e candidato pelo PSD à Câmara vimaranense, Bruno Fernandes, elogiou o documento, mas deixou críticas em relação à data em que foi lançado.

“O plano é apresentado ao fim de oito anos de governação. Revela bem a importância que foi dada à juventude ao longo deste tempo porque se fosse, de facto, uma prioridade, o plano teria de ser executado ao longo do mandato”, reprovou, acrescentando que “se o plano tivesse sido apresentado antes, se calhar o município teria despertado mais cedo para os problemas da habitação e do emprego”.

Na resposta, Adelina Paula Pinto garantiu que o plano pode ser implementado por qualquer partido após o resultado das eleições autárquicas porque “não tem nenhuma questão partidária” nem “ninguém perguntou aos jovens [auscultado no documento] quais eram os seus segmentos políticos”.

O plano foi apresentado mas não está ainda fechado, estando aberto à discussão pública.