“Houve pouca reação alérgica grave à vacina”, diz especialista do Hospital de Braga

As vacinas contra a Covid-19 provocaram apenas “um ou outro caso” de reação alérgica grave no Hospital de Braga, informou a médica imunoalergologista, Carmen Botelho, no programa da RUM “A Saúde Tem Voz”, emitido ontem.
A especialista diz que os casos reportados, já curados, fazem parte de “um universo muito reduzido entre os milhares de doentes referenciados com ou sem doença alérgica”, garantindo que a “maioria” dos pacientes com doença alérgica crónica “têm feito a segunda toma e não há conhecimento de grandes reações”.
A médica assinala que a vacinação em massa no país mostrou a existência de poucos casos de alergia grave “entre dois milhões de vacinas administradas” mas lamenta que ainda haja “doentes alérgicos com receio” da inoculação.
Apesar de rara, a alergia ao fármaco pode acontecer e Carmen Botelho deixa recomendações.
“Se a extensão das lesões for grande, a pessoa deve ir de imediato ao serviço de urgência. Se a reação for ligeira, como uma manifestação cutânea isolada, deve ser marcada uma consulta no centro de Saúde e ser feito o registo fotográfico da marca. Às vezes, passa um mês entre a marcação e a consulta e temos de ter o registo para indicar ao paciente qual o melhor tratamento: fazer ou não a mesma vacina”, explica.
Durante a entrevista à RUM, a especialista em alergias revelou ainda que as doenças alérgicas crónicas prevalentes são “a asma, a rinite, a conjutivite e a dermatite atópica”, sendo mais frequentes “nas crianças e nos jovens adultos”.
Carmen Botelho lidera a unidade de imunoalergologia do Hospital de Braga – composta por mais uma médica -, a qual recebe mais de dois mil pacientes por ano, numa cobertura aos concelhos de Braga, Famalicão, Barcelos e Esposende.
