Polícias consideram “vergonhosa” a proposta do MAI de 68 euros para subsídio de risco
Os agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) e da Guarda Nacional Republicana (GNR) consideram “vergonhosa” a proposta que o Governo apresentou, esta quarta-feira, aos sindicatos do setor, relativa ao subsídio de risco a atribuir às forças de segurança. O secretário de Estado da Administração Interna propôs a atribuição, a partir de janeiro de 2022, de 100 euros na componente fixa do suplemento por serviço nas forças de segurança, que equivale na verdade a 68 euros, mas os agentes reivindicam os 430 euros que a Polícia Judiciária recebe pelo mesmo subsídio.
De Braga, mobilizaram-se, esta quarta-feira, para o Terreiro do Paço “cerca de meia centena de polícias”, que protestaram em frente ao Ministério, enquanto decorria a reunião.
Entre eles, esteve Rui Moreira, Polícia de Segurança Pública em Braga, que apelida esta proposta de “paupérrima”.
“O Governo apenas melhorou o universo da proposta mais generosa, de 68 euros, que decidiram aplicar a todos os elementos, quer sejam operacionais ou de apoio operacional”, explicou em entrevista à RUM.
A quantia proposta defraudou as expectativas dos agentes e, por isso, “não será aceite”. “Ainda não temos formas de luta agendadas, mas iremos reunir e decidir de que forma vamos reagir na prática a esta proposta do Governo”, garantiu Rui Moreira.
De acordo com este agente, o MAI “está disposto a mexer nas tabelas remuneratórias, mas não no imediato”. “Estamos habituados a que o Governo não cumpra as promessas, nem a lei. É o que tem acontecido desde 2015, quando aprovou um estatuto que não tem vindo a cumprir. Não é com vagas promessas que o Governo vai satisfazer os polícias”, acrescentou.
Às forças de segurança “está vedado o direito à greve”, mas os polícias prometem endurecer a luta.
