Pelouro da Cultura e Património fica com Ricardo Rio

Ricardo Rio vai assumir os pelouros da Cultura e Património e recusa ter no seu executivo “supervereadores”. A novidade foi deixada pelo próprio, na noite desta terça-feira, em entrevista ao programa da RUM Campus Verbal.


Num comentário às eventuais mudanças na vereação e à perda de um vereador que exigirá uma redistribuição de alguns pelouros, o social democrata afirma que no caso da Educação, a decisão “ainda não está tomada”, mas na cultura será ele próprio a assumir o pelouro.

“Braga ser candidata a CEC 2027 é um dos desígnios estratégicos que perseguimos e naturalmente que eu quero abraçá-la como direto responsável, por esse projeto e por outros que marcam a dinamização cultural que Braga quer continuar a ter ao longo dos próximos anos. É uma das novidades já fechada. Eu ficarei com o pelouro da cultura e do património e a vice-presidência caberá, naturalmente, a Sameiro Araújo”, anunciou.

No caso do Urbanismo, o autarca afirma que o dossier ainda não está fechado, mas admite que não vai criar uma estrutura com supervereadores porque “leva a uma incapacidade de resposta em muitas áreas”, recordando o caso dos últimos executivos socialistas em Braga. Por isso, sublinha, “há a preocupação de fazer uma redistribuição relativamente equitativa da exigência dos pelouros e da capacidade de resposta dos vereadores”.

Quanto à área da mobilidade, e admitindo que contava ter Teotónio Santos na vereação municipal, sem a eleição do sétimo vereador os administradores dos Transportes Urbanos de Braga irão assumir um papel de maior relevo, nomeadamente com a aguardada implementação do BRT. “Alicercei muito do meu trabalho na colaboração direta das empresas municipais e os administradores Teotónio Santos e Sandra Serqueira (TUB) terão um papel muito importante na formatação das políticas de mobilidade para o futuro, porque boa parte das iniciativas que estão relacionadas com esse pelouro são no dia-a-dia concretizadas através da empresa municipal de transportes. Portanto, um projeto como o BRT ou o ‘School Bus para todos’ podem cair na alçada direta da colaboração com os TUB”, revelou.

“Esperava eleger sete vereadores”

Ricardo Rio assume que esperava eleger sete vereadores para a Câmara Municipal de Braga, considerando que o menor número de votos face a 2017 resulta, sobretudo, do surgimento de novos partidos à direita nestas eleições autárquicas.


O autarca social democrata analisou os resultados que ficaram aquém das expectativas iniciais, já que afirmava querer ter mais um voto do que há quatro anos. Admitiu, ainda assim, que a diversidade de oferta de candidaturas face a 2017, nomeadamente com dois dos concorrentes à direita, foi uma das circunstâncias que contribuiu para esta mudança de cenário. Além disso, Ricardo Rio não esconde “algum desgaste” referindo-se a “focos de insatisfação” seja por “incompreensão das pessoas”, como por “má explicação da Câmara Municipal de processos que ainda estão em curso e criam alguma ansiedade”. No entanto, diz que o resultado é “algo normal” e que “não surpreende”, e até deixa a coligação “satisfeita” já que “conseguiu, neste contexto, ter uma maioria absoluta quando a nível nacional, maiorias e vitórias antecipadas não se concretizaram”.


Na mesma entrevista, o autarca assumiu que na eventual redistribuição de pelouros para o novo mandato acreditou que conseguiria eleger o sétimo vereador. “Não ficamos surpreendidos, mas esperávamos e estávamos a trabalhar para que tivéssemos os sete vereadores e eu gostaria muito de contar na minha equipa, enquanto vereador, com o Eng. Teotónio dos Santos. Acho que seria uma grande mais valia e haveria áreas naturais que lhe seriam confiadas”, acrescentou.

“NÃO SEI O QUE VOU FAZER DAQUI A QUATRO ANOS”

Aos microfones da RUM, Ricardo Rio reafirmou que vai manter-se como presidente da Câmara Municipal de Braga até 2025.

Depois da terceira reeleição com maioria absoluta e já com vários militantes do PSD a prepararem caminho para a sucessão, o autarca garante que não vai “desperdiçar um dia que seja do exercício do cargo de presidente de Câmara para qualquer outra alternativa”. Afirmando que não é “um carreirista da política” e que pode a qualquer momento voltar para a sua atividade privada, Rio realça que este é o cargo político que mais o atrai e assume que não sabe o que vai fazer daqui a quatro anos.


OUVIR  A ENTREVISTA COMPLETA A RICARDO RIO, ELEITO PARA UM TERCEIRO MANDATO À FRENTE DA CMB

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Elsa Moura
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