“Queremos atribuir uma equipa de saúde familiar a cada português e não vacilaremos”

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde admite que são “precisos mais” médicos de família, mas garante que o Governo está a trabalhar nesse sentido. António Lacerda Sales esteve esta quinta-feira na cerimónia de abertura da 38ª edição do Encontro Nacional de Medicina Geral e Familiar, que decorre até sábado no Altice Forum Braga.

Em comparação com 2015, desde que o executivo socialista tomou posse, o Serviço Nacional de Saúde dispõe de mais 602 médicos dessa área. No espaço de um ano, entre agosto de 2020 e 2021, esse indicador aumentou em 157 especialistas.

Fazendo referência à evolução que tem acontecido, o secretário de Estado garante que o Governo está “ciente da relevância e das necessidades” dos médicos de família” e que, por isso, vai continuar a “esforçar-se” no sentido de dar melhores condições. “Há o compromisso do Governo de atribuir uma equipa de saúde familiar a cada português [até ao final da legislatura]. Não vacilaremos na procura de mecanismos e ferramentas para cumprir esse objetivo”, realça.

As palavras de António Lacerda Sales surgiram depois do discurso do bastonário da Ordem dos Médicos, que alertou para a existência de profissionais, de forma individual, com 1.900 utentes atribuídos. Além disso, lembra que há “mais de um milhão de pessoas que não têm médicos de família designados” e que acabam por se “dirigir aos outros médicos”.

Face a essa sobrecarga, Miguel Guimarães adverte que o desespero e o burnout são uma realidade no setor. “Temos de ter mais respeito pelos médicos. Temos que lhes tirar tarefas administrativas e burocráticas, com as quais perdem tempo que não deviam”, argumenta, dirigindo-se ao secretário de Estado.

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Tiago Barquinha
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