Segurança Social de Braga recua e amas continuam a assegurar as refeições

A distrital de Braga da Segurança Social (SS) voltou atrás na decisão de que a partir desta sexta-feira as amas estavam proibidas de assegurar as refeições às crianças, devendo os pais assegurar as marmitas para o almoço. 

Os pais terão sido contactados telefonicamente, ao longo dos últimos dias, por técnicas da SS a dar conta da decisão. Sem perceber a motivação desta decisão, cerca de uma dezena de mães protestaram, esta sexta-feira, junto à sede da Segurança Social a acabaram por ser recebidas pelo diretor, “mas muitas mais apoiavam a causa, ainda que por estarem a trabalhar não tivessem comparecido”. 


À RUM, Raquel Gallego, uma das mães que protestou e reuniu com o diretor da Segurança Social, adianta que  “reconsideraram a decisão e mantém-se tudo como estava”. Dizem que esta proibição já devia ter sido feita em 2019, mas só agora decidiram implementá-la. No entanto, analisamos e a legislação não é tão clara como querem fazer entender”, acrscentou Raquel Gallego, que tem o seu filho entregue a uma ama há mais de um ano. 


Esta sexta-feira, revelou ainda, enviou marmita para o filho, mas a ama teve que fazer o almoço, porque ele não quis a comida que enviou. O diretor garantiu às mães que o recuo “nada teve que ver com o protesto e a comunicação social”, mas sim com “deliberações superiores”.


Para já, as refeições continuam a ser asseguradas pelas amas. Raquel Gallego admite, ainda assim, que a Segurança Social possa voltar a tomar uma posição contrária, mas terá sempre a oposição dos pais, “que estão dispostos a avançar”. 

Aos pais, juntou-se a vereadora da CDU (PCP/PEV), Bárbara de Barros, que garante que vai estar atenta à situação, porque ” a lei não pode ter uma interpretação diferente em Braga”. O PCP já questionou o Governo sobre esta tomada de posição da Segurança Social de Braga e “a informação contraditória”.

“Parece-nos que a SS de Braga se adiantou e é um organismo que deve funcionar com igual resposta no país inteiro. Não há nada no decreto-lei de 2019, que o diretor aponta, que imponha o que tentaram impor em Braga”, afirmou Bárbara de Barros. 

A comunista estranha a “imposição de uma medida que se estivesse na lei já teria que estar aplicada em todo o país desde 2019, e não está”. “Se se trata de uma medida que deve ser imposta por via legal, não havia um recuo”, duvidou ainda a vereadora da CDU.


Os pais ponderam ainda criar uma Associação de Pais, uma vez que não existe um organismo que represente os pais que têm filhos em amas, para conseguirem “manter contacto e defender os direitos dos filhos”, até ao nível dos apoios da Segurança Social.

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Liliana Oliveira
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