Estudo da UMinho indica que conhecimento sobre a Covid-19 está associado à educação

O conhecimento sobre a Covid-19, a sua transmissão ou as medidas de combate estão associadas à educação. Esta é a principal conclusão de um estudo liderado pela alumna de Medicina da Universidade do Minho, Joana Silva, e pelo investigador Pedro Morgado.

Os resultados de um estudo que envolveu, entre março e junho de 2020, cerca de 900 pessoas em Bragança são agora publicados na Frontiers in Public Health, uma das mais reputadas revistas na área de saúde pública.

“As medidas preventivas e a capacitação da comunidade assumem-se como a medida-chave para controlo da pandemia. Esta capacitaçaõ é feita através da literacia em saúde, que se divide em três domínios, mas nós apenas abordamos o conhecimento que as pessoas têm”, começou por explicar. 

Segundo a médica, o estudo mostra que o domínio funcional, ou seja o do conhecimento, está associado a “três preditores, em que o mais importante é a educação”. “As pessoas com maior grau de educação têm maior índice de conhecimento relativamente à covid-19″, frisou. 


Além da educação, foi ainda possível perceber que “idade e fator de risco” também influenciam o conhecimento sobre a Covid-19, sendo que as pessoas mais novas tendem a ter maior literacia em saúde. Embora os resultados não tenham sido significativos, “parece haver uma tendência para os homens terem maior grau de literacia em saúde”, acrescentou Joana Silva. 

A investigação permitiu ainda apurar que a informação sobre a doença chegou às pessoas sobretudo através da televisão (57%), seguindo-se os profissionais de saúde e as redes sociais. 

Para a médica, “este estudo é muito importante, porque se queremos construir programas promotores de literacia em saúde temos que saber como as variáveis se comportam e ter um mapa a nível nacional de como se comporta a literacia em saúde permitir-nos-ia fazer programas específicos para cada população e colmatar falhas de forma mais eficaz”. 


Joana Silva adianta ainda que o estudo pode ser o ponto de partida para investigações semelhantes adaptadas “a outras pandemias, como a diabetes ou a hipertensão”. 

Além de Joana Silva, a investigação envolveu Bárbara Alexandre, médicas de família na Unidade Local de Saúde do Nordeste (Mirandela), Carla Sofia Silva, do Departamento de Matemática da UMinho, e Pedro Morgado, da Escola de Medicina da UMinho.

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Liliana Oliveira
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