“Psicose ou depressão não são extravagâncias”

Na opinião do médico psiquiatra do Hospital de Braga, João Bessa, ainda existe “estigma” em relação à saúde mental.

Em ‘A Saúde tem Voz‘, programa emitido este domingo na RUM no âmbito do ‘Dia Mundial da Saúde Mental’, o especialista abordou a importância da saúde mental e, apesar de notar alguma evolução na compreensão das perturbações psíquicas, nota que ainda há “um estigma” que é preciso “combater”.

“O desenvolvimento de uma depressão ou de uma psicose não é responsabilidade da pessoa, não é nenhuma extravagância”, aponta, sinalizando que há fatores de caráter “biológico, social e ambiental” responsáveis pelo “sofrimento psíquico”.

Para João Bessa, a depressão ou a psicose – patologias mais frequentes do foro psíquico – não são os únicos sinais para um acompanhamento psicológico permanente e explica que a procura de ajuda pode acontecer “em situações em que a pessoa não se sinta realizada, não se conheça a si própria ou não se consiga integrar no seio familiar ou social”. O diagnóstico, alerta, pode ser feito “pela própria pessoa ou pelos outros”.

Assinalando que o bem estar físico nunca pode ser “dissociado” do bem estar mental, o especialista aconselha uma “alimentação equilibrada”, “padrões de sono regulares” e  uma “prática regular de exercício físico” para uma vida saudável plena.

Apesar das recomendações, o especialista lembra que há fatores gerais, de âmbito “social e financeiro” – como a “falta de oportunidades de emprego” ou as “dificuldades financeiras” – que “têm um impacto muito significativo na realização pessoal”, enaltecendo que, “enquanto sociedade, é preciso criar as oportunidades que todos merecem”.

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Pedro Magalhães
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