UMinho prevê corte de 2,1 milhões de euros no orçamento de 2022

A Universidade do Minho prevê sofrer um corte de 2,1 milhões de euros no orçamento de 2022. A informação foi avançada, em conjunto, pelo reitor, Rui Vieira de Castro, e pelo administrador da academia minhota, Carlos Menezes, na reunião do Conselho Geral.

O projeto do orçamento da instituição para 2022, apresenta um valor total de 163,1 milhões de euros, um valor inferior em 1,3% em comparação com o montante distribuído no presente ano de 165 milhões de euros.

Devido à redução da receita proveniente da atividade de educação e de investigação e desenvolvimento, a UMinho passa a estar mais dependente do Orçamento de Estado (OE) que deverá cifrar-se, em 2022, nos 68,9 milhões de euros. Trata-se de um aumento de 1,4 milhões em relação ao presente ano.

Este reforço é desagregado, de acordo com o administrador, da seguinte forma: 1.362.211 euros decorrente do aumento da dotação base no contexto de legislatura para o período de 2019-2023, com o objetivo de reforçar a qualidade dos portugueses e estimular a convergência de Portugal com a Europa até 2030; e 61.452 euros referente à integração de investigadores no âmbito do PREVPAP (477.954 euros atribuídos em 2021 e 539.406 euros em 2022).

Contudo, este aumento de 1,4 milhões “esgota-se imediatamente no pagamento de salários”, declara Carlos Menezes, ou seja, 42% do orçamento será direcionado para esta despesa.

Em 2022, os gastos da UMinho com pessoal vão crescer 3,4 milhões de euros em relação a 2021. Uma alteração justificada pela “abertura de concursos para a contratação de investigadores no âmbito do emprego científico e de técnicos superiores durante a vigência dos projetos”.

O reitor Rui Vieira de Castro criticou, uma vez mais, a fórmula utilizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior para proceder ao aumento do valor atribuído às academias. “Os 2% adicionais foram entendidos por algumas instituições como o espaço possível para a correção de desequilíbrios reconhecidos por todos, inclusive pelo Ministério. A verdade é que, no final, o que resultou do processo foi a aplicação limitada da fórmula de financiamento, que foi aplicada sobre 0,5% dos 2% de aumento adicional, o que é um valor manifestamente insuficiente”, declara.

O responsável máximo da academia minhota alertou o painel de conselheiros para o facto de a seis dias do fecho da submissão do orçamento da instituição, o Ministério estava ainda a enviar correções em relação às dotações orçamentais. Situação que, nas palavras do reitor, aumentam os níveis de stress dentro da administração.

Outros dados em relação ao documento, provisório, do orçamento da UMinho para 2022.


 Receita com propinas e taxas – 20 milhões de euros, menos 5% em relação a 2021 (diminuição é explicada pela redução do valor da propina cobrada aos estudantes. Neste momento, o valor arrecado pela UMinho é de 697 euros).

Receita com projetos de I&D – 67,3 milhões de euros, menos 5,8% (deve-se à diminuição de novos projetos em 2021, 103 para 190 no ano passado).


Receita com vendas e prestações de serviços – 4,4 milhões de euros.


Receitas provenientes de outras transferências – 2,3 milhões de euros.


Despesas com bolseiros – 10,7 milhões de euros (mais 16% em comparação com 2021).

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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