Eleições UMinho: Clara Calheiros quer dar um novo rumo à academia

Clara Calheiros quer dar um novo rumo à Universidade do Minho. A professora catedrática e antiga presidente da Escola de Direito, apresenta o Plano de Ação para 2021-2025, denominado “Ousar ser Mudança no Mundo”, de forma individual, sem uma equipa reitoral por detrás.

Caso seja eleita promete “arregaçar as mangas” e começar por “organizar a casa”, tendo como ambição a aposta nas pessoas, inovação e empreendedorismo.

Pela frente terá o recandidato, Rui Vieira de Castro, que exerce o cargo de reitor da UMinho desde 2018. A audição dos candidatos no Conselho Geral, órgão colegial máximo de governo e decisão estratégica da academia, está agendada para 26 de outubro, sendo que a eleição ocorre no dia seguinte, 27 de outubro.

Clara Calheiros considera que existe descontentamento no seio da comunidade académica. 


Caso seja eleita será a primeira mulher a exercer o cargo de reitora da Universidade do Minho. Em declarações à RUM, diz esperar ser eleita pelas “suas qualidades, pelo seu programa e ideias”, e não pelo sexo. Quanto às motivações, recua no tempo e recorda os resultados das últimas eleições para o Conselho Geral. 

“Na minha análise, existe um descontentamento da comunidade académica, que quer um novo rumo e uma nova liderança na UMinho”, afirma. Para a candidata, esta nova liderança deve ter “mais ambição”, de modo a permitir que a academia consiga atingir os patamares de excelência que, na sua opinião, tem todas as condições para atingir. 

À RUM, revela que recebeu da parte de diferentes colegas mensagens de encorajamento para submeter esta candidatura, pois consideram que seria a pessoa indicada para colocar em prática as mudanças necessárias. 

“Universidade do Minho: ousar ser Mudança no Mundo”. As propostas que integram o plano de ação 2021-2025.


Clara Calheiros descreve, aos microfones da RUM, o seu Plano de Ação como “ambicioso”. O documento apresenta caminhos para a resolução dos problemas internos e externos, não esquecendo os recursos humanos.

A dimensão interna será focada na resolução de problemas relacionados com a gestão da UMinho. Para a candidata, estas questões estão a atrofiar e a desmotivar a academia, o que acaba por comprometer a missão da instituição de ensino superior minhota.

Na dimensão externa, Clara Calheiros pretende colocar a maior parte das suas forças na expansão da Universidade do Minho e consequente interação com o território em que está sediada, o Minho. Isto sem esquecer os grandes desafios atuais da sociedade. Por isso, garante que pretende “apostar fortemente na inovação e empreendedorismo”, tendo em conta a sustentabilidade, transição digital e os novos desafios económicos” provocados pela pandemia.

No centro de todas as preocupações estarão, assegura, “o grande capital da UMinho”, que são os seus estudantes, docentes, investigadores e trabalhadores técnicos, administrativos e de gestão. Clara Calheiros frisa a necessidade de aumentar a sua motivação e colocar um ponto final na precariedade.

Clara Calheiros apresenta uma candidatura individual.

No organograma do Plano de Ação, a candidata a reitora da Universidade do Minho prevê a criação de quatro vice-reitorias com as pastas do Ensino e Empregabilidade, Investigação, inovação e transferência de conhecimento, Sustentabilidade, sociedade e património e Pessoas, qualidade e modernização administrativa.

No caso das pastas orientadas por pró-reitores, a candidata propõe como áreas de destaque: Inovação pedagógica e Universidade Digital, Internacionalização e cooperação para o desenvolvimento, Cultura, lusofonia e comunicação, Igualdade, responsabilidade social e bem-estar e Investigação e projetos. Contudo, nenhum cargo foi atribuído.

À RUM, Clara Calheiro defende que do ponto de vista da eleição, considera mais positivo que a candidatura “seja apenas para votar o reitor ou reitora e não uma equipa”. Recorda também que esta sempre foi a sua política, visto que quando concorreu à presidência da Escola de Direito procedeu da mesma forma. “Se perder, perco sozinha e se ganhar, sou eu que tenho o voto de confiança”, conclui.


Que avaliação faz dos últimos quatro anos de governação da atual equipa reitoral?

Clara Calheiros optou por não responder à questão colocada pela RUM, uma vez que considera mais proveitosa a discussão do futuro e das suas propostas para o crescimento da instituição. 

Além disso, acredita que essa resposta foi dada no último sufrágio para a eleição dos conselheiros do órgão colegial máximo da UMinho.

Partilhe esta notícia
Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Português Suave
NO AR Português Suave A seguir: UMinho I&D às 20:00
00:00 / 00:00
aaum aaumtv