Rui Vieira de Castro reconduzido no cargo de reitor com 65% dos votos

Rui Vieira de Castro foi reeleito reitor da Universidade do Minho com 65% dos votos do Conselho Geral. O professor catedrático do Instituto de Educação foi reconduzido no cargo para o mandato 2021-2025. 

Os 23 membros do órgão colegial máximo de decisão da academia minhota reconduziram Vieira de Castro com 15 votos. Maria Clara Calheiros recolheu oito votos dos conselheiros. A votação secreta e à porta fechada decorreu ao início da manhã, no Largo do Paço, em Braga.

29 de novembro é a data estabelecida para a cerimónia de tomada de posse do reitor que se prepara para mais quatro anos no cargo máximo da Universidade do Minho.

Em declarações exclusivas à Universitária, Rui Vieira de Castro diz estar “satisfeito” pelo facto de os membros do Conselho Geral confiarem e acreditarem no plano de ação “Uma Universidade para o futuro”. Na sua opinião, trata-se de um programa “ambicioso, mas exequível para que a universidade prossiga o seu caminho de afirmação de instituição relevante para as pessoas, região e país”.

O reitor da instituição de ensino superior minhota considera que a existência de duas opções para a liderança da UMinho é algo saudável e afirma que a academia está unida.

Quanto às medidas que considera prioritárias, Vieira de Castro destaca o lançamento dos UMinho Education Alliance, mais de 100 cursos não conferentes de grau que deverão, já no início de 2022, abrir 1.200 vagas para novos públicos, nomeadamente, cidadãos já a exercer atividades profissionais.

No que toca à investigação, o reitor pretende avançar com a criação de novos polos, mais concretamente, em Vila Nova de Famalicão e em Esposende. Neste último, irá nascer um centro dedicado às Tecnologias e Ciências do Mar. Além das infraestruturas, o reitor pretende olhar para os recursos humanos. A equipa agora eleita irá criar um conjunto de orientações tendo como prioridade a “manutenção de um grupo de mais de 100 investigadores altamente qualificados e que a UMinho não pode perder”, defende.

No que toca ao edificado, o reitor da UMinho assume como prioridade a necessidade de avançar com a construção de novas residências universitárias. Recorde-se que este processo está em stand-by, visto que o Governo não publicou, ainda, os avisos para que a UMinho possa submeter os projetos que tem para a antiga Fábrica Confiança, em Braga, e para a antiga Escola de Santa Luzia, em Guimarães. O reitor não esquece também a necessidade de avançar, rapidamente, com a construção, no campus de Gualtar, da sede da Associação Académica da UMinho (AAUMinho).

Um projeto que está já “bastante avançado” e que deverá ser concretizado dentro de dois a três anos, é a construção do Centro de Clínica Digital junto à Escola de Medicina. 

Na sua equipa, Rui Vieira de Castro vai ter os vice-reitores Eugénio Campos Ferreira (Investigação e Inovação), Filomena Soares (Educação e Mobilidade Académica), Luís Amaral (Transformação Organizacional e Simplificação Administrativa), Joana Aguiar e Silva (Cultura e Território) e os pró-reitores Sandra Paiva (Projetos Científicos e Gestão da Investigação), Manuel João Costa (Assuntos Estudantis e Inovação Pedagógica), Guilherme Pereira (Avaliação e Projetos Especiais), Teresa Ruão (Comunicação Institucional) e José Fernandes (Infraestruturas e Transformação Digital).

Presidente do Conselho Geral elogia a forma como todo o processo eleitoral decorreu.

Também em declarações exclusivas à Universitária, Joana Marques Vidal, presidente do Conselho Geral da UMinho, elogiou a forma como todo o processo eleitoral decorreu.

“Posso dizer que foi um processo que decorreu com muita elevação por parte de ambos os candidatos. Foi um processo que acabou por se transformar num bom momento de debate de ideias, de debate de conceções distintas, algumas, outras conceções comuns. É um exemplo, por um lado, e um reflexo da dinâmica da vida democrática da Universidade do Minho e penso que, nesse aspeto, todo o modo como o processo eleitoral se processou nos faz acreditar que a UMinho está viva”, declara.

O resultado da eleição será, agora, enviado ao Conselho de Curadores da Fundação da UMinho para homologação e, posteriormente, comunicado ao Ministro da Tutela.

Clara Calheiros felicita Rui Vieira de Castro e sai de cena com sentimento de “missão cumprida”.

Clara Calheiros, candidata vencida nas eleições desta quarta-feira para o cargo de reitor da Universidade do Minho, considera que cumpriu a sua missão, visto que, na sua ótica, todas as eleições devem contar com propostas e visões distintas “para o bem” da instituição.

Em declarações à RUM, a professora Catedrática na Escola de Direito da academia minhota, deixa “votos de felicidade” ao professor Vieira de Castro. “Acho que o mandato é particularmente responsabilizante para quem ganha. Terá de haver nos próximos quatro anos um exercício de demonstração que essa confiança se justifica”, afirma. 

Clara Calheiros irá, agora, no âmbito de um projeto de investigação, abraçar uma oportunidade na Florida International University.