Rio admite antecipar eleições internas no PSD 

O presidente do PSD e recandidato anunciou esta quinta-feira que vai “tentar comprimir” os prazos das eleições diretas e do Congresso do partido para diminuir o tempo que o PS tem “a seu favor” para as legislativas de 30 de janeiro.

Em entrevista à TVI, Rio voltou a defender que para ser “como devia ser”, o PSD devia estar “sem tumultos internos, todos unidos, todos focados para derrotar o PS em janeiro”, e aproveitar os meses de novembro, dezembro e janeiro para essa tarefa.

“Estão a dizer que, se fizer isso, se suspende a democracia e que tenho medo de eleições. Então, vou fazer um exercício – não sei se consigo, vamos ver se consigo – de comprimir isto tudo, diretas e congresso. Se se ganhar uma ou duas semanas é tempo que tiramos ao PS a nosso favor”, defendeu.

Rio reiterou ainda que, no Conselho Nacional, não irá “pessoalmente” fazer qualquer pedido de adiamento das diretas – já ‘chumbado’ numa reunião anterior -, mas explicará o seu ponto de vista “aos que estão com os nervos à flor da pele”. E defendeu que tem mandato até fevereiro (o último Congresso terminou em 9 de fevereiro de 2020) e que, por isso, a data normal de realização da próxima reunião magna seria em fevereiro de 2022. Mas num volte-face inesperado, e antevendo que a data de 30 de janeiro não casa bem com a argumentação do adiamento das diretas, Rio pôs nova carta em cima da mesa sugerindo uma ainda maior antecipação do processo eleitoral.

Questionado sobre se se demite se for o candidato do PSD às próximas legislativas e não vencer, Rio disse que, se não ganhar as eleições ou se tiver um resultado igual ao de 2019, nunca será primeiro-ministro de Portugal. E, nesse caso, acabará por sair. Daí que tenha pedido uma última oportunidade aos militantes do partido: “Até por aí a estratégia dos meus adversários não é muito inteligente: é evidente que ou sou primeiro-ministro depois desta eleição ou é a última eleição da minha vida”.

Olhando para as legislativas de final de janeiro, Rio insistiu que o PSD tem de estar focado para defrontar o PS sob pena de o PS ganhar e ter maioria. “O PS está desgastado, se o PSD estiver focado, o PS não ganha, acho dificílimo uma coisa dessas. Pode acontecer, mas isso depende de nós, e nós podemos ganhar, o que também depende de nós”, disse. “O PS já está em condições de perder. Estamos nós em condições de entrar? Eu acho que sim, mas temos de fazer por isso”, afirmou ainda.

Na entrevista à TVI, Rio deu por encerrada a tensão com o Presidente: “O senhor Presidente decidiu 30 de janeiro, está decidido, há que seguir em frente, não tenho mais nada a dizer”. Perante a insistência dos jornalistas sobre o alegado favorecimento a Paulo Rangel com a marcação das eleições para fim de janeiro, Rio afirma que pôs um ponto final nesse assunto ontem ao fim do dia e não quer entrar em jogos de “ping-pong” que só “favorecem António Costa”.

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Redação
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