1.200 alunos do ensino secundário interagem com novas tecnologias UMinho/Bosch

1.200 estudantes do ensino secundário de várias escolas do distrito de Braga visitaram, esta quarta-feira, em turnos da parte da manhã e tarde, a mostra de novas tecnologias resultantes da parceria UMinho/Bosch.

A iniciativa “Next Driving Tomorrow”, presente no Altice Forum Braga, apresenta soluções para o futuro da mobilidade autónoma, mais concretamente, sensores com tecnologia LIDAR de comunicação entre veículos que permitem, a título de exemplo, comunicar quando um carro trava, deste modo o automóvel com a mesma tecnologia recebe informação sobre a ação e trava praticamente de forma simultânea.

Outra das apostas passa por soluções de monitorização no interior dos veículos, mais concretamente, identificar casos de violência a bordo, situações como ataques cardíacos (poderemos vir a ter carros que imediatamente levam o passageiro ao hospital mais próximo), presença de humidade e gordura, entre outros.

No caso dos motociclos, Ricardo Pessoa, da Bosch, apresenta sensores que podem ser aplicados em casacos, no capacete ou em óculos e, posteriormente, enviar sinais sonoros (com profundidade e posição para identificar de onde vem o perigo) ou visuais (no campo de visão) para aumentar a segurança do utilizador.

Até ao final do ano, a equipa está a processar os dados recolhidos, sendo que em breve algumas das funcionalidades podem integrar displays made in Bosch.

Por outro lado, Inês Garcia, aluna do Programa Doutoral em Engenharia Eletrónica e Computadores, está a trabalhar em três linhas de sensores LIDAR que poderão ser utilizados em protótipos do projeto Sensible Car. “O laser incide no espelho e o objetivo é redirecionar o laser para a área que queremos que o sensor LIDAR atue”, explica. Este é um trabalho da Universidade do Minho em parceria com a Bosch e o INL.

Para a estudante esta é uma oportunidade única que acredita irá “abrir portas” no seu futuro, visto que tem “um pé na academia e outro na indústria”. Inês Garcia não esconde a felicidade em fazer parte de algo inovador que irá ditar o futuro da mobilidade.

Já Bruno Faria, da Bosch, é um dos responsáveis que está a trabalhar no projeto “Safe and Sound” que já está a ser implementado por operadores na Europa, Estados Unidos e Ásia. A ideia é garantir que os veículos partilhados, como acontece com as trotinetes, permanecem em boas condições de usabilidade. Estes sensores conseguem, em 90% dos casos, distinguir sons e toques como bater a porta com força, que não provocam danos, de batidas a estacionar, que acabam por estragar o veículo. 

A equipa ainda quer melhorar a inteligência artificial por detrás do projeto, de modo a que estes sensores consigam identificar quando um buraco na via provoca realmente danos no veículo.

Estudantes do secundário são surpreendidos pela inovação tecnológica feita em Portugal e no Minho.


Fascinados e boquiabertos, assim se pode descrever a experiência de muitos dos 1.200 estudantes do ensino secundário que passaram, esta quarta-feira, pelo evento “Next Driving Tomorrow”. José Alves, da ACR Fornelos, foi um desses casos. “Geralmente achamos que estas tecnologias só são feitas em países como os Estados Unidos, mas não, é em Portugal e na Universidade do Minho”, diz. Aluno do 12º ano pretende regressar à academia minhota, desta vez como estudante de Engenharia.


Já os projetos que trabalham com sensores e luz fascinaram João Nogueira, da Escola Básica e Secundária de Vale do Tamel. A proximidade entre investigadores/docentes e os visitantes também não passou despercebido a este aluno do 12º ano. Esta foi também uma oportunidade para o jovem perceber que, no futuro, pretende trabalhar em áreas relacionadas com a física e na UMinho.

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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