Carlos Matos: “Há que assumir a péssima época que estamos a fazer”
A continuidade de Jorge Rito como treinador do ABC/UMinho não está em causa. A garantia foi dada pelo presidente do clube, em entrevista ao programa RUM(O) Desportivo, emitido na sexta-feira.
Neste momento, o emblema de andebol encontra-se na 14ª e antepenúltima posição do campeonato, em lugar de playout, com os mesmos oito pontos que SC Horta e Xico Andebol, últimos classificados, e que, por isso, estão em zona de despromoção.
Lamentando a “péssima época” da equipa bracarense, que “não se coaduna com os pergaminhos, a história e com o plantel atual”, Carlos Matos mantém a confiança no treinador. “O Jorge Rito já deu inúmeras provas da sua competência ao longo dos 25 anos de ABC e noutros clubes. Em nenhum momento foi questionada essa possibilidade [de abandonar o cargo]”.
Em sete partidas, o ABC/UMinho ainda não venceu, tendo somado seis derrotas, incluindo com FC Porto, Sporting e SL Benfica. Segundo o dirigente, aconteceram “quatro jogos muito maus”, lembrando que a equipa falhou cinco livres de sete metros na igualdade frente ao FC Gaia e desperdiçou seis lances semelhantes no desaire por um golo diante do Boa-Hora.
Apesar do cenário apresentar-se agora como “mais difícil”, Carlos Matos acredita que é possível ficar nos seis primeiros lugares do campeonato, objetivo traçado para esta temporada. Em relação ao regresso às competições europeias – a última presença foi em 2016/2017 – define o ano de 2023, quando acaba o mandato da direção, como o limite para alcançar esse objetivo.
“Vai depender muita da forma como conseguirmos diminuir o passivo”, refere, lembrando as dívidas que o clube ainda tem e ressalvando que é “absolutamente impossível” lutar contra três clubes, FC Porto, Sporting e Benfica, com “orçamentos 40 a 70 vezes superiores”. Atualmente apenas as quatro primeiras posições dão acesso à Europa.
