PSD. Regionalização sim, desde que não represente mais custos para erário público

O cabeça de lista do PSD pelo distrito de Braga, André Coelho Lima, é a favor da regionalização, desde que esta não represente mais custos para o erário público. Esta é a “linha vermelha” estipulada pelo partido social democrata e que ficou patente na entrevista à Universitária, que já pode ser ouvida na íntegra aqui.

O candidato mostra-se favorável a um novo referendo sobre a temática, porém considera “inaceitável” que este tema esteja a ser debatido à porta das legislativas quando durante seis anos a questão não foi prioritária “Provavelmente tivemos condições políticas que não voltaremos a ter”, realça. Quanto á sua posição, André Coelho Lima declara que é “claramente” a favor quer do referendo quer da regionalização.

Recorde-se que em 1998 os portugueses foram chamados a participar num referendo sobre a regionalização, sendo que há época, foi o não a vencer.

No que toca ao ensino superior, o PSD apresenta como objetivo a duplicação do número de alunos em residências universitárias até ao final de 2026. Um compromisso que irá assentar no diálogo com as autarquias, visto que no caso da Universidade do Minho existem duas soluções em cima da mesa: Fábrica Confiança, em Braga, e Santa Luzia, em Guimarães. 

Ora, para o candidato de direita o importante será perceber, junto do poder local, se as soluções encontradas são suficientes e, caso não o sejam, encontrar soluções para dar resposta aos estudantes que necessitam de alojamento. Recorde-se que a instituição de ensino superior minhota tem apenas 1.399 camas, 845 em Braga e 554 em Guimarães. No total a UMinho atribuiu 5.542 bolsas de ação social escolar.

Para as empresas, o PSD propõe-se a descer a taxa de IRC de 21% para 17% até 2024. Além disso, quer criar condições para promover a contratação de doutorados pelas organizações através de programas de financiamento e benefícios fiscais. Aqui inserem-se incentivos a programas de estágios profissionais, quer no setor público quer no privado, ao longo da licenciatura e mestrados.

Quando questionado sobre o facto desta medida, a implementar, vir a contribuir para uma ainda maior rotatividade de estagiários, como já acontece em algumas empresas, André Coelho Lima frisa a necessidade de, nesses casos, apostar no reforço da fiscalização. “Os estágios criam oportunidades com vista à contratação, não pode ser uma forma de rodar. Qualquer empresa digna desse nome quer criar equipa”, defende.

Já no que toca aos preços das habitações e rendas, André Coelho Lima relaciona a questão com a falta de construção e crescimento urbano. “Estamos a esvaziar os centros das nossas cidades para ter alojamento para turistas”, refere. As respostas para estas questões, na ótica do social democrata, não são propriamente da administração central, mas sim, das autarquias. 

Partilhe esta notícia
Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Carolina Damas
NO AR Carolina Damas A seguir: Português Suave às 19:00
00:00 / 00:00
aaum aaumtv