Assembleia de Apuramento detetou irregularidades em Barcelos, Vila Verde, Famalicão e Braga

Segundo o Jornal de Notícias desta sexta-feira, a Assembleia de Apuramento Geral das eleições legislativas comunicou ao Ministério Público seis irregularidades detetadas em mesas de voto em Barcelos, Vila Verde, Braga e Famalicão.
No caso de Barcelos, na freguesia de Manhente os casos estão alegadamente associados à suspeita de votos anulados propositadamente por alguém da Mesa. O mesmo argumento sustenta a irregularidade referente a Turiz, em Vila Verde. Ainda de acordo com o jornal, no caso de Ribeirão e da União de freguesias de Vila Nova de Famalicão e Calendário, no concelho de Vila Nova de Famalicão, e na de São Vicente, em Braga, os casos reportados dizem respeito a eleitores que alegadamente tentaram votar mas que o teriam feito antecipadamente, tendo as mesas o voto em envelope.
Citada pelo JN, a presidente da Assembleia de Apuramento, Marília Leal Fontes, terá relatado ao MP dois casos de Manhente, em Barcelos, onde se concluiu que, de um total de nove votos nulos, oito têm a particularidade de terem o mesmo tipo de cruz, com a mesma cor de esferográfica e por vezes diferente da cor da outra cruz, anulando votos a favor do PS.
A presidente da Mesa, Susana dos Santos Faria, declarou que, “na contagem de votos, não existiam esferográficas, sendo que nas cabines de voto existiam canetas de várias espécies e que os votantes também podiam levar a sua”. Referiu ainda que “os votos nulos passaram pelo escrutínio dos presentes, que estavam de mangas arregaçadas, não havendo circulação de pessoas da Mesa um para a dois e vice-versa”.
Em Vila Verde foram detetados 17 votos nulos que “suscitam dúvidas”. A presidente da Mesa, Lúcia Antunes, disse que todos os membros viram os votos nulos, “não se apercebendo de nada de anormal na contagem”.
c/JN
