“Foi um erro adjudicar 70% de obras públicas a espanhóis”

O recém-eleito bastonário da Ordem dos Engenheiros alerta que Portugal está hoje a formar 250 engenheiros civis por ano, o que em condições normais cobre apenas metade das necessidades. Com o arranque dos investimentos do PRR e Programa Nacional de Investimentos 2030, que vão representar em média 5 mil milhões de euros por ano, diz Fernando de Almeida Santos, Portugal tem “um grandessíssimo problema”.

O antigo estudante da UMinho considera que “foi um erro adjudicar 70% de obras públicas a espanhóis”

O novo bastonário da Ordem dos Engenheiros defende que os cadernos de encargos das grandes obras devem privilegiar a estratégia nacional. Para Fernando de Almeida Santos, a entrega, em 2020, da maioria dos trabalhos a empresas estrangeiras fez o país perder riqueza.

O recém-eleito bastonário diz que as prioridades para o mandato 2022-2025 passam por modernizar a estrutura orgânica da Ordem e criar novos colégios de especialidade de engenharia, assim como pôr esta profissão no discurso atual. Fernando de Almeida Santos considera ainda que a engenharia está em pleno emprego e que a falta de profissionais se coloca em todas as áreas.

Fernando de Almeida Santos diz que a solução para a falta de mão de obra em Portugal exige políticas de imigração estratégicas e defende um processo de seleção ao estilo do que fez o Luxemburgo nos anos 70. O responsável acredita na capacidade de atrair profissionais na América Latina para complementar a engenharia portuguesa, mas avisa que “a decisão tem de ser rápida”.

c/Negócios

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