CMB assina protocolo com P5 para facilitar acesso dos bracarenses aos cuidados de saúde

A Câmara Municipal de Braga e a Associação Centro de Medicina P5 assinaram, esta quarta-feira, um protocolo para facilitar aos bracarenses o acesso aos cuidados de saúde.

A parceria, válida por um ano, prevê um apoio de 100 mil euros. Em troca, os profissionais de saúde do P5 prestam apoio clínico à população, através de plataformas digitais de monitorização e de avaliação de sintomas clínicos.

Esta parceria permite, por exemplo, que a prescrição de exames ou medicamentos possa ser feita à distância.

O processo pode ser realizado través do site do P5 ou descarregando a app através do Google Play ou da Apple Store,  depois são solicitados alguns dados pessoais para efetuar o registo.

“Desenvolvemos, com parceiros europeus, um algoritmo de decisão clínica, que permite fazer avaliação dos sintomas. Os profissionais de saúde interagem com a pessoa, garantindo os cuidados ou orientação dos cuidados”, explicou Nuno Sousa, presidente da Escola de Medicina da UMinho e do P5. A dificuldade no acesso às novas tecnologias foi tida em conta e, nesse caso, as pessoas poderão ser ajudadas através da central telefónica, disponível de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 18h00, com o contacto 253 144 420.


Marina Gonçalves, diretora clínica do P5, adiantou ainda que um dos objetivos desta parceria passa por diminuir o número de idas ao centro de saúde ou ao Hospital, sem necessidade para tal, capacitando o doente ou prescrevendo alguma medicação. No entanto, se o estado de saúde agravar ou for necessária a prescrição de um antibiótico o doente será encaminhado para uma unidade de saúde. “O objetivo é uma complementaridade e não uma substituição”, frisou a médica.

Protocolo prevê ações de formação nas escolas para aumentar a literacia em saúde

O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, realçou a importância de um “acesso fácil, célere e ágil, que muitas vezes pode ser decisivo”. “Esta parceria tem na sua base uma disponibilização de cuidados clínicos de forma digital e, em paralelo, celebrar um conjunto de ações, que visam utilizar as competências do P5 junto da população, como por exemplo haver ações de formação de Suporte Básico de Vida junto da comunidade escolar”, referiu.

No âmbito deste protocolo está ainda previsto o desenvolvimento de outras acções tendo em vista o aumento da literacia para a saúde, tais como formações em primeiros socorros aos alunos do 12.º ano das escolas secundárias e profissionais do concelho de Braga, sessões de promoção da saúde para jovens do ensino secundário e para outros públicos, a colaboração e apoio científico ao Município quando necessário e o esclarecimento e orientação dos alunos dos Agrupamentos de Escolas de Braga que pretendam ingressar em cursos da área da saúde.

Esta parceria visa, acima de tudo, a melhoria do estado de saúde dos cidadãos por intermédio do recurso a tecnologias e plataformas digitais, da promoção da saúde, da prevenção da doença e da qualidade de vida da população do Concelho, bem como do desenvolvimento de várias acções de complementaridade a nível clínico. 

O P5 conta com uma equipa multidisciplinar (médicos, enfermeiros, psicólogos e nutricionistas) pronta a avaliar os  sintomas, a esclarecer as suas dúvidas de saúde e a dar-lhe uma resposta personalizada ou a encaminhá-lo de forma mais adequada, com garantia de resposta num prazo de 24 horas úteis. Este é um sistema que utiliza a inteligência artificial e a combina com conhecimento médico e científico para acompanhar os pacientes, facilitando a avaliação e o diagnóstico por parte dos profissionais de saúde.

O serviço funciona como um complemento aos centros de saúde, hospitais ou às linhas telefónicas como a Saúde 24, trabalhando nas áreas da prevenção, avaliação de sintomas dos utentes, monitorização e acompanhamento das doenças crónicas.

“O país aposta pouco na saúde, tanto que o ministério devia chamar-se ministério da doença e não da saúde”

Durante a cerimónia de assinatura do protocolo, Nuno Sousa não poupou nas críticas ao Governo.

“Estamos, em conjunto, a construir a saúde dos bracarenses e do país. O país aposta pouco na saúde, tanto que o ministério devia chamar-se ministério da doença e não da saúde”, apontou.

O presidente da Escola de Medicina manifestou o desejo de alargar a parceria a outras autarquias, mas não esconde a dificuldade a que o processo está inerente. “A prestação de cuidados de saúde garante adicionar qualidade de vida aos anos vividos e não apenas mais anos de vida. A Câmara de Braga está a fazer isso e, dessa forma, está a criar condições para uma das poucas regiões do pais que cresce”, finalizou o médico.

Depois de Paredes de Coura e Guimarães, o Centro de Medicina Digital P5 celebrou um protocolo com a Câmara de Braga, que prevê o apoio clínico aos bracarenses de forma gratuita. 

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Liliana Oliveira
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Abel Duarte
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