Guimarães deverá apostar na ferrovia, BRT e miniautocarros

Miniautocarros, BRT – Bus Rapid Transit- e aposta na ferrovia. Este é o plano da cidade de Guimarães, ao nível da mobilidade, para um horizonte de implementação de 20 anos.
Do estudo que aprofundou o transporte coletivo na cidade resultaram algumas premissas já anteriormente faladas, nomeadamente o uso da ferrovia para complementar transporte rodoviário na EN 105, de Lordelo até à cidade, e BRT, um autocarro que circula em via própria – para a EN 206 (Ronfe-cidade) e para a EN 101 (Taipas-cidade). No que diz respeito à cidade, a aposta deverá passar pelos miniautocarros porque “a malha urbana não permite vias dedicadas”. Recorde-se que, neste momento, a Guimabus já tem seis em cirulação, com capacidade para 22 lugares (11 pessoas sentadas e 11 em pé).
As estradas nacionais que ligam Guimarães a Santo Tirso, Vila Nova de Famalicão e Braga são as que têm “maior constrangimento”. A sul, na EN 105 “é praticamente impossível um novo canal na mesma via”, explicou Anita Pinto, reafirmando que a linha ferroviária é a sugestão para o crescente uso do transporte público no eixo.
A responsável alertou, no entanro, para o estado e localização de alguns apeadeiros, sendo necessário que se tornem “mais acessíveis” à população. Outra possibilidade é a aposta em “novos apeadeiros, de “modo a que se crie mobilidade pedonal, ciclável e rodoviária” nos acessos, sugeriu Domingos Bragança.
O estudo sugere ainda que o troço Guimarães-Lousado seja reduzido para uma frequência de 20 a 20 minutos.
Para a ligação à área de Ronfe, é proposta uma via rodoviária para o transporte público, ao longo de 11 quilómetros, com 4,40 de nova via, para servir pouco mais de 10 mil pessoas. Neste caso, o BRT é visto como uma solução mais rápida. Este meio de transporte serviria também o eixo noroeste, entre cidade e Taipas, com 13 paragens ao longo de 10,2 quilómetros, para cerca de 18 mil pessoas.
Outra das propostas é melhorar a “competitividade” do transporte público face ao automóvel.
“Nas grandes cidades metropolitanas, como a estruturação urbana existe, as pessoas andam muito mais de transporte público. Em muitos casos, o transporte público é a forma mais fácil de as pessoas se movimentarem. Num território destes, o carro é que dá a forma mais fácil de as pessoas se moverem”, explicou.
O presidente da Câmara, Domingos Bragança, defende a ideia de que os transportes públicos devem ser mais competitivos com preços mais baixos, sobretudo para jovens estudantes até aos 21 anos e a partir dos 65 anos.
