Loja do Cidadão. Hugo Ribeiro diz que Domingos Bragança foi “imprudente” na gestão do processo

Hugo Ribeiro, vereador da coligação Juntos por Guimarães, acusa o presidente da Câmara Municipal de “falta de humildade democrática”, depois de alegadamente o ter tentado descredibilizar. Na génese da discussão está o espaço referente à Loja do Cidadão.

Após a última reunião de executivo, há duas semanas, Domingos Bragança esclareceu aos jornalistas o estado da situação. O edifício do Centro Comercial Santo António, na rua com o mesmo nome, é a solução preferencial para a instalação da Loja do Cidadão. No entanto, ainda não há acordo com um dos três proprietários.

O vereador diz que “o presidente deu como certa a compra do imóvel” e que isso “comprometeu a posição negocial”. “Se um determinado vendedor sabe que alguém vai comprar, ele fica mais à vontade para negociar”, concretiza, acusando o autarca de “imprudência”.

Expressão popular acende discussão

Sobre o processo negocial com o Centro Comercial Santo António para a instalação da Loja do Cidadão, o vereador da oposição, Hugo Ribeiro, utilizou o ditado popular “o segredo é a alma do negócio”, algo que levou o presidente da Câmara Municipal a apelidar a intervenção de “muito infeliz”.

Após a reunião de executivo, Domingos Bragança recusou a tese de haver “segredos na câmara”, afirmando que a sua gestão exige “total transparência”. “A câmara lança exatamente aquilo que quer fazer para que a discussão possa ser feita pelos vimaranenses, pelos partidos e pelos diversos intervenientes. Não estamos aqui a tentar contornar ou a colocar sombras nos atos públicos. Não quero nada disso”.


Perante as palavras do presidente Domingos Bragança, que levantou ainda dúvidas sobre o conhecimento que Hugo Ribeiro tem em relação ao modo como funcionam estes processos, o vereador diz que demonstra “muita sobranceria e muita falta de humildade democrática”. Considerando que as suas intervenções são “bastante incómodas”, refere que “não fica bem” ao autarca tentar diminuí-lo “perante a câmara e os jornalistas”.

Se não for avante a solução inicial, a alternativa passa pelo conjunto de edifícios entre a Biblioteca Municipal Raul Brandão e o entroncamento com a travessa da Senhora Aninhas, incluindo o designado ‘edifício do leite’, antigos serviços financeiros da câmara, o edifício amarelo em frente e o próprio edifício da GNR. Domingos Bragança explica que “nos próximos dias haverá uma decisão sobre a aquisição ou não do imóvel”, mediante a resposta final dos proprietários.

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Tiago Barquinha
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