Dois novos obstetras ajudam a normalizar situação no Hospital de Braga

A Administração do Hospital de Braga garante que não são esperados novos encerramentos nos serviços de urgência de obstetrícia e ginecologia, depois de ter chegado a um entendimento com os profissionais de saúde. O anúncio foi feito na tarde desta segunda-feira e coincide com a entrada ao serviço de dois obstetras. Ao que a RUM apurou, estes dois profissionais de saúde foram contratados após o lançamento de um concurso anual e não através do novo estatuto do Serviço Nacional de Saúde anunciado pela ministra da Saúde, Marta Temido, no passado mês de julho.

Ainda assim, o Sindicato Independente dos Médicos alerta que o hospital vai continuar com escalas em que o número mínimo de médicos é inferior ao exigido. 

Em declarações ao Porto Canal, Hugo Cadavez disse, esta manhã de terça-feira, que a urgência “em princípio não irá encerrar, mas não vai funcionar com o número mínimo de médicos necessário”. “Esta urgência devia ter no mínimo cinco médicos obstetras e vai funcionar, durante o mês de agosto, com quatro médicos obstetras”, avisa. Em causa o facto de se tratar de um hospital com mais de 2.500 partos por ano.

O sindicalista vai mais longe e afirma que os médicos se disponibilizaram, uma vez mais, para trabalhar horas extraordinárias, daí que considere que o problema ainda não está resolvido. 

 “Esta notícia de ausência de encerramento não significa que os problemas estejam resolvidos, significa que os médicos se disponibilizaram para prestar muito acima o limite anual de horas extra – 150 horas extra por ano, – quando muitos dos médicos fazem no SNS mais de 400, 500, 600 horas extra, desde o início de cada ano”, remata.

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Elsa Moura
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Carolina Damas
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