Cávado e Ave com maior aumento de riqueza e de emprego na última década

Os municípios que integram a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Cávado e do Ave foram os que registaram maior aumento de emprego, entre 2013 e 2018. O crescimento rondou os 2,6% na região do Ave e 2,5% no Cávado.
Os números constam na proposta do Norte 2030, que se encontra em fase de discussão pública, apresentada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte.
O documento revela ainda que as sub-regiões do Cávado e Ave foram as que tiveram o maior crescimento na produção de riqueza ao longo da última década.
Do ponto de vista económico, nenhuma sub-região conseguiu observar um crescimento simultâneo do emprego, da produtividade e da população, uma vez que todas elas registaram reduções na população residente. Ainda assim, duas das sub-regiões que mais se aproximaram deste paradigma foram o Cávado e o Ave.
Em 2017, as indústrias transformadoras eram responsáveis por 42,9% de todo o emprego na sub-região do Ave, sendo esta a região que mais destaca a nível nacional. Ainda assim, nesta região a queda do emprego das indústrias transformadoras foi de 23,4% e no Cávado de 18,8%, entre 2000 e 2017.
A distribuição por sub-regiões dos alunos inscritos nas instituições de ensino superior revela uma elevada concentração geográfica na Área Metropolitana (AM) do Porto, destacando-se a Universidade do Porto, o Instituto Politécnico do Porto e a Universidade Católica do Porto, seguindo-se o Cávado e Ave, onde se destaca a Universidade do Minho e o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave.
Segundo a CCDR-N, em 2019, as exportações de bens das empresas com sede na AMPorto representavam 50,1% do total, seguindo-se as do Ave (17,3%), do Cávado (12,4%), do Alto Minho (8,5%), do Tâmega e Sousa (7,5%), de Terras de Trás-os- -Montes (3,5%), do Douro (0,5%) e do Alto Tâmega (0,3%).
Em 2018, os valores mais elevados de intensidade exportadora foram observados nas sub-regiões do Ave (60,0%), do Alto Minho (53,7%), de Terras de Trás-os-Montes (45,1%) e do Cávado (40,0%).
O mesmo documento revela que os seis municípios da CIM Cávado (Amares; Barcelos; Braga; Esposende; Terras de Bouro e Vila Verde) tiveram o maior crescimento na produção de riqueza ao longo da última década.O Produto Interno Bruto da sub-região aumentou 29 por cento desde a entrada em vigor do Norte 2020, passando de 95,6 por cento para 98,9 por cento. Os concelhos que integram a CIM do Ave (Cabeceiras de Basto; Fafe; Guimarães; Mondim de Basto; Póvoa de Lanhoso; Vieira do Minho; Vila Nova de Famalicão e Vizela) registaram uma subida de 27,4 por cento na produção de riqueza, a segunda maior à escala Norte, subindo de 95,1 por cento para 97,1 por cento.
Os dados foram analisados e revelados pela CCDR-N na proposta do Norte 2030, onde apontam o setor secundário como forte aposta na sub-região do Ave, no próximo Programa Operacional.
