“Poderemos estar perante um desastre nuclear”

Para o professor de Ciência Política da Universidade do Minho, José Palmeira, “poderemos estar perante um desastre nuclear se a situação de conflito evoluir para o interior de uma central nuclear”.
Recordo que a situação nas proximidades da central foi um motivo de preocupação internacional das últimas semanas, depois dos recentes bombardeamentos nas imediações, dos quais a Moscovo e Kiev se acusam mutuamente e que suscitaram alarmes sobre um possível acidente nuclear.
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica adiantou que a inspeção à central, poderá ocorrer nos próximos dias, “para acautelar que do ponto de vista técnico possa acontecer algum acidente”.
José Palmeira alerta para as “consequências nefastas” que podem estar em causa, tendo em conta que falamos “da maior central nuclear da Europa”. “Seria um desastre com consequências nefastas”, frisou.
“Vinte e três estados-membros da NATO já terão ratificado essa adesão. Faltarão sete, entre eles Portugal”
A propósito da adesão dos países nórdicos à NATO, José Palmeira acredita que a Turquia pode “colocar em cima da mesa novas exigências”, tal como fez na cimeira que decorreu em junho, em Madrid.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros de Turquia, Suécia e Finlândia reúnem-se, esta sexta-feira, para rever acordo de Madrid.
“Vinte e três estados-membros da NATO já terão ratificado essa adesão. Faltarão sete, entre eles Portugal”, evidenciou o docente, desconhecendo as motivações que justificam este atraso.
Para Palmeira, seria compreensível na legislatura anterior, onde o Governo era minoritário, mas não agora, quando o PS tem a maioria e “já podia ter desencadeado o processo mais cedo”.
“Há um grande consenso entre as forças partidárias, sendo que o PCP naturalmente votará contra e o BE poderá votar contra ou abster-se”, antevê.
Para o professor de Ciência Política, “a Turquia é o caso mais problemático”, mas, lembra, “seria muito difícil ficar isolada e dar uma benesse a Vladimir Putin, caso se opusesse”.
