IE vai avançar em 2023/2024 com curso de ensino em artes visuais

O Instituto de Educação (IE) prepara-se para avançar, em articulação com a Escola de Arquitetura, no ano letivo 2023/2024, com um novo curso, na área do ensino em artes visuais. A informação foi avançada à RUM pela nova presidente do IE, Beatriz Pereira, na cerimónia de tomada de posse, esta quarta-feira.

Os novos projetos de ensino são uma forma de dar resposta ao problema que afeta o país, a falta de professores.

Estima-se que mais de dois mil docentes se reforme só em 2022. Este é o número mais elevado desde 2013. Até 2031 deverão ser necessários mais de 30 mil professores nas escolas portuguesas. 

O cenário é difícil, admitiu o reitor da UMinho. No entanto, acrescentou, é também uma oportunidade que “não se pode deixar escapar”. Rui Vieira de Castro desafiou o IE a formar uma espécie de Federação, dentro da própria Universidade, para, em articulação com as outras unidades orgânicas, se avance com novos projetos de formação de professores. “Pretendemos dar uma resposta adequada em colaboração com as várias escolas, que iremos contactar imediatamente, para poder agilizar a formação de novos professores”, adiantou Beatriz Pereira.

“O IE teve projetos pioneiros desde o início da universidade, foi mantendo recursos humanos qualificados, e isso torna-nos hoje capazes de uma resposta mais efetiva”, vincou o reitor.

Mas os desafios não ficam por aqui. O Instituto de Educação conta com o corpo docente mais envelhecido da Universidade do Minho. Beatriz Pereira quer pensar em projetos “que possam ser desenvolvidos a cinco e dez anos” e, com base nisso, “pensar nos novos professores”, que venham a ser contratados, para substituir professores aposentados. A esses, a presidente, pede que tragam “um olhar mais abrangente e capacidade de criar projetos mais abertos e que sirvam outras valências e públicos”.

Rui Vieira de Castro admite que o corpo docente pode estar agora numa situação ainda pior, no que toca ao envelhecimento.

“Estamos a pagar o custo de o recrutamento nesta escola ter sido feito num tempo bastante curto, impedindo uma renovação gradual do corpo docente”, frisou.

O reitor desafiou o IE a refletir sobre os “projetos de ensino que merecem mais investimento, como serão configurados e quais são os recursos humanos mais adequados para esses novos projetos de ensino”. “Há uma reflexão de natureza estratégica, que deve ser feita e não deve haver uma pura e simples substituição por perfis idênticos aos que vamos perdendo”, finalizou.

Na despedida, o presidente cessante, Leandro Almeida, lembrou as dificuldades provocadas pela pandemia, as dificuldades financeiras com que o Instituto se depara e o corpo docente envelhecido, mas, no final, reconheceu: “Este mandato foi mais um prazer do que um fardo”.

Beatriz Pereira tomou posse esta quarta-feira, como presidente do Instituto de Educação, sucedendo no cargo a Leandro Almeida. A seu lado terá Fernando Azevedo, Teresa Vilaça e Fernanda Martins.

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Liliana Oliveira
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Abel Duarte
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