Desaparecimento do prof. Vítor Aguiar e Silva é um “momento de grande pesar”
O desaparecimento de Vítor Aguiar e Silva é descrito como um “momento de grande pesar” para o reitor da Universidade do Minho. Professor na instituição de ensino superior minhota desde 1989, Vítor Aguiar e Silva foi professor catedrático do Instituto de Letras e Ciências Humanas, fundou e dirigiu o Centro de Estudos Humanísticos e a revista Diacrítica.
O velório realiza-se a partir das 16h00 desta terça-feira, na Igreja de S. José de S. Lázaro, em Braga. O funeral acontece quarta-feira pelas 11h00, no mesmo local.
Rui Vieira de Castro recorda um homem do qual guarda as “melhores memórias”. “O professor Aguiar e Silva era das vozes mais autorizadas nos estudos literários em Portugal e no ensino da língua. Foram imensas as gerações que passaram pelas suas aulas e, de alguma forma, isso assegurou uma nova configuração dos campos em que ele desenvolvia a sua atividade”, adianta.
O responsável máximo da academia minhota foi um desses estudantes. “Foi absolutamente determinante na definição do meu percurso pessoal e académico. Pude acompanhar o notável trabalho que foi realizando sempre que teve investido de funções institucionais de grande relevo fosse a nível do Instituto de Letras fosse da Universidade”, afirma.
Vítor Aguiar e Silva foi agraciado, a 5 de outubro de 2004, pelo Presidente da República, Jorge Sampaio, com a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública. No seu currículo conta também com o Prémio Camões, Prémio Vergílio Ferreira, Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores e com o Prémio Vasco Graça Moura – Cidadania Cultural.
Recorde-se que em 2017, a Universidade do Minho em parceria com o dst group inauguraram uma estátua em homenagem ao professor Vítor Aguiar e Silva. Em 2018, a academia minhota decidiu atribuir o nome do fundador do CEHUM à biblioteca da ELACH.
