Há apenas camas para 14% dos alunos universitários deslocados

O problema não é novo e apesar de estar há muito tempo identificado, o Estado continua muito aquém de responder de forma aproximada. No setor público, há apenas camas para 14% dos alunos universitários deslocados. No ano letivo passado, dos 108 mil alunos deslocados que há em Portugal, só 15 mil podia escolher ficar numa residência de universidades públicas.

Tal como a RUM confirmou no arranque desta semana, encontrar lugar numa residência universitária é difícil e quem está obrigado a procurar no mercado também não tem a vida facilitada, quer pela disponibilidade de residências privadas para o efeito, quartos partilhados e livres para alugar. No mercado privado, quase sempre sem recibos, as famílias destes estudantes encontram cada vez mais dificuldades com a escalada dos preços. A cidade de Braga é um desses exemplos já que foi das que mais viu subir os preços no mercado imobiliário nos últimos anos. Noutros tempos, a cidade dos arcebispos era conhecida, precisamente, pelos baixos preços praticados no mercado de arrendamento, quer para estudantes como para famílias. Nos últimos dez anos tudo mudou e em muitas situações, um quarto que custava 100 euros junto à Universidade do Minho custa atualmente, e nas mesmas condições 200 ou 250 euros.

O Plano Nacional de Alojamento do Ensino Superior previa que o número fosse superior neste momento. Devia haver camas públicas para plo menos 25 mil estudantes deslocados. Ontem, António Costa prometeu dez mil novas camas até 2026.

Um apoio que chega tarde, na opinião das federações académicas, que temem que por falta de soluções para residir perto de universidades e politécnicos este ano letivo traga muito mais desistências de alunos no ensino superior.

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Elsa Moura
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