Meloni vai liderar o governo mais à direita de que a Itália tem memória 

Oito décadas após a queda do regime de Mussolini, a Itália voltou a ceder à sedução fascista. “Il Duce” reencarna numa admiradora incondicional, a primeira mulher a chegar ao cargo de primeiro-ministro da “Bota”. Tal como as projeções indicavam, Giorgia Meloni, de 45 anos, líder dos Fratelli d”Italia. Os Irmãos de Itália saíram vencedores das eleições gerais deste domingo, com 22% a 26% e maioria garantida no Parlamento, na coligação de direita formada com o patrono Silvio Berlusconi (Forza Italia) e Matteo Salvini (Liga Norte).

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Eram 23 horas em Roma, menos uma em Portugal continental, quando encerraram as salas de votação e as sondagens à boca das urnas logo revelaram o que todas as projeções indicavam desde a última que foi publicada, há duas semanas: Giorgia será a 46.ª líder de Governo no pós-guerra, o 69.º executivo desde 1946, na pátria da instabilidade política (os 68 governos anteriores tiveram uma longevidade média de 503 dias).

Ainda que os resultados finais e a composição das bancadas do Senado e da Câmara dos Deputados não sejam conhecidos antes das duas da manhã desta segunda-feira, segundo as melhores perspetivas – as primeiras projeções já marcaram a tendência: com os votos da Forza Italia (6% a 8%) e do Liga Norte (8,5% a 12,5%), esta frente de extrema-direita andará à maioria absoluta; no bloco à Esquerda, o Partido Democrático foi o segundo mais votado (17% a 21% %), mas sem nenhuma geringonça que lhe valha, porque os possíveis aliados, ao Centro e à Esquerda, não garantem um projeto de maioria (o Movimento 5 Estrelas ficará entre 13,5% e 17,5%).

c/JN e Público

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