JS não se revê nas declarações de Elvira Fortunato sobre valor da proprina

Miguel Costa Matos, líder da Juventude Socialista (JS), critica as declarações da ministra do Ensino Superior, Elvira Fortunato, quando esta defende que “as propinas não devem baixar mais” já que as universidades “precisam de mais dinheiro” e 700 euros anuais “não é assim tanto”. A JS defende a diminuição progressiva do valor até à propina zero e, por isso mesmo, “já apresentou” para o Orçamento do Estado a redução das propinas, e espera conseguir entendimentos com o Governo e com a bancada socialista.
O recandidato a esta juventude partidária reconhece a importância de “reforçar o financiamento das instituições de ensino superior por via do Orçamento”, reconhecendo que as universidades precisam de mais apoios. Miguel Costa Matos diz que o caminho não passa por conseguir esse financiamento através do esforço das famílias, mas de “quem tem mais capacidade para contribuir”, ou seja, o Estado central. “O ensino superior não deve ser uma mercadoria, os estudantes não devem pagar para obter um canudo”, frisou.
A falta de alojamento é outro dos problemas que assombra o Ensino Superior público. Neste sentido, o também deputado na Assembleia da República defende que “a única proposta sustentável” para resolver o problema “é aumentar o número de residências”.
Segundo o líder, a JS já apresentou um plano com 50 propostas, para o Orçamento de 2023, que vai ser entregue na Assembleia da República a 10 de outubro, onde consta o alargamento do desconto de 50% no passe dos transportes públicos aos estudantes até aos 30 anos. A medida já prevê o desconto para jovens de Lisboa até aos 23 anos, mas Miguel Costa Matos considera importante alarga a uma outra faixa etária, porque há cada vez mais estudantes “fora do período normal”, ou seja, dos 18 aos 23 anos, muitos porque “precisam de trabalhar antes de começarem a estudar”. O socialista considera que este apoio se pode estender a outras zonas do país, mas terá que ser “um caminho progressivo”. A Juventude Socialista defende ainda que os estágios curriculares sejam remunerados.
c/TSF
