FNAC dá palco a jovens artistas de Braga em projeto singular

Depois de um trabalho que demorou meses, um grupo de novos artistas de Braga, alguns descendentes de outras nacionalidades, preparam-se para atuar ao vivo, na tarde deste sábado, na Fnac, promovendo as músicas que foram trabalhadas através do projeto educativo ORBIT, dinamizado pela Cosmic Burger e que incide em quatro zonas residenciais de Braga (Bairros do Carandá, Fujacal, Enguardas e Andorinhas).

A música é o lema comum deste conjunto de jovens que teve a oportunidade de trabalhar com profissionais da indústria associados à Cosmic Burger, graças a um projeto educativo municipal que ofereceu “casa”, formação e depositou confiança num conjunto de jovens músicos em situações de fragilidade social.

Entusiasmo, confiança, mas também “algum nervosismo” são emoções admitidas pelos próprios numa conversa com a RUM, a poucos dias de olharem para um CD que também é seu, contemplando temas que escreveram, melhoraram e trabalharam com o apoio de uma equipa que se associou de corpo e alma ao projeto.

A Cosmic Burger foi casa, foi família, foi ombro amigo e trabalho e trouxe mais ambição e confiança aos jovens músicos que anseiam por um lugar na indústria da música, ainda que para alguns, os seus estilos não estejam ainda completamente definidos. Mas este é o princípio, é uma janela de lançamento, uma oportunidade “única” e “incrível” dizem entusiasmados com tudo o que experienciaram nos últimos tempos. 

Os ensaios repetem-se em casa na expetativa de darem o seu melhor num palco que tem o seu lado emblemático por se tratar de uma loja de grande reconhecimento, com um espaço para o auditório que irá certamente encher.

A edição do disco é o ponto alto, juntando temas distintos. Um CD que é “um misto de géneros que resulta muito bem”, afiança Tiago Sampaio, da Cosmic Burger. Hip pop, música brasileira, música pop são alguns dos estilos presentes. 

Dos músicos que participaram no projeto, apenas uma mulher. A jovem brasileira a viver em Braga há algum tempo garante que já se sente em casa e assume ter sido muito bem acolhida no grupo e na própria cidade. Sonha ser cantora e sabe que este projeto já lhe trouxe muitas coisas positivas num caminho que pode até ser longo e difícil, mas que é possível.

Alguns dos jovens artistas subiram ao palco do Limonada, no verão


Em Agosto, no festival Limonada, também ele organizado pela Câmara Municipal de Braga, a maior parte deles teve o seu primeiro contacto com o público. Um desafio encarado com os nervos que fazem parte do papel que há a desempenhar quando se sobe a palco, mas estes jovens irreverentes não quiseram deixar escapar a oportunidade de receber ajuda na tentativa de se encontrarem enquanto artistas, somando mais essa experiência ao seu currículo.


Enquanto artista independente, Tiago Sampaio afirma que iniciativas como o projeto ORBIT animam quem está ligado ao setor mas ainda em início de carreira. “Às vezes é complicado perceber o nosso lugar, tanto na cidade como no país, como na música no geral. Esta iniciativa ajuda a alimentar este grupo de artistas que precisa de trabalhar e de tocar”, afiança. Além disso, reconhece, tocar em casa para público mais chegado “é bastante importante e faz muita falta”.

Este sábado, a partir das 17h00, perto de uma dezena de jovens artistas, que nos últimos meses trabalharam junto de profissionais ligados à música, atuam na FNAC Braga onde vão apresentar os temas que escreveram e ajudaram a compor. 

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Elsa Moura
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Carolina Damas
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