Remunicipalização da AGERE será “cavalo de batalha da CDU” até ao fim do mandato

“Este primeiro ano de mandato fica marcado, a nosso ver, por uma tremenda incapacidade em resolver as principais e mais urgentes necessidades dos bracarenses”. É desta forma que a vereadora da CDU, Bárbara de Barros, olha para os 365 desde a eleição da coligação Juntos por Braga, para liderar os destinos do município bracarense. 


Esta terça-feira, em conferência de imprensa, a vereadora comunista, acompanhada pelo deputado municipal João Batista, garantiu que a remunicipalização da AGERE continuará a ser uma luta do partido, até ao final do mandato, em 2025. “Para os próximos anos do mandato será um cavalo de batalha da CDU e uma luta do concelho. Com o aumento do custo de vida, o peso de determinados serviços nas famílias bracarenses é muito alto e as taxas de água e resíduos são, muitas vezes, as principais queixas que os munícipes têm para fazer relativamente à AGERE”, apontou.

Bárbara de Barros lembra que a empresa municipal “dá lucro”, mas os resultados “são distribuídos pelos acionistas privados”, criticando a resistência em reduzir as tarifas.

A comunista lembrou ainda que “a construção de uma nova ETAR é outro projeto que não sai do papel” e que “uma gestão pública seria capaz de ter uma mão mais célere nesta resolução”.

Sobre este dossiê, João Baptista, eleito para a Assembleia Municipal, garante que “em Braga há quem ganhe dinheiro e não é pouco, com esta fatia da privatização da AGERE e o serviço não se traduz no melhor serviço”. O deputado lembrou ainda que “a maioria avançou para uma municipalização do parqueamento, e foi para tribunal. Podia fazer o mesmo com a AGERE”, acrescentou.

Também a educação mereceu a crítica da CDU. “A gestão das Atividades de Animação e Apoio à Família e a Componente de Apoio à Família deviam ser geridas pelo município e escolas, em vez da realização de acordos tripartidos”. “A meu ver, continua a ser uma questão de vontade política, embora reconheça o esforço que a vereadora está a fazer para resolver esta questão”, afirmou a vereadora.

A comunista diz também que “tem falhado o transporte especial a que estas crianças têm direito” e defende a gestão municipal das refeições escolares, “de forma a garantir a universalidade e qualidade”.

“Do mandato anterior, herda este ano o incumprimento do negociado entre a Câmara e o sindicato quanto às horas trabalhadas a mais quando a maioria insistiu na aplicação das 40 horas semanais a todos os trabalhadores, sendo que os trabalhadores das empresas municipais continuam sem receber o que lhes é devido”, criticou Bárbara de Barros.

A comunista lamenta que “passado um ano se continue sem novidades quanto ao futuro do estaleiro municipal”, defendo ser “imprescindível que se avance com instalações próprias municipais, que possam incorporar os setores”.


Para a CDU, “embora a maioria continue pródiga em anúncios, quando se passa à materialização das medidas que permitem mais e melhor qualidade de vida aos bracarenses, mais igualdade e diretos aos trabalhadores municipais, mais habitação social e pública a custos controlados, reforço dos serviços públicos e garantia da sua gestão pública, direitos das crianças e famílias, esta maioria fica para trás, acanhada em assumir o seu papel de decisor político em prol do interesse público”. 

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Liliana Oliveira
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Carolina Damas
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