Energizarte injeta cultura em freguesias da periferia de Braga   

A arte pública como uma forma de aproximar e incluir a população em iniciativas culturais. Este foi o grande objetivo do projeto “Energizarte”, inserido no Programa Arte Pública Fundação EDP, que une o Município de Braga e a Fundação EDP.

Esta quarta-feira, são inauguradas e visitadas sete obras de arte nas freguesias de Crespos e Pousada, Palmeira, Merelim S. Paio, Panoias, Parada de Tibães e Padim da Graça. As intervenções artísticas decorreram entre 2019 e 2021. No caso da EB1 de Crespos, a tela em branco utilizada pelos artistas e alunos do IPCA foi uma parede que agora irá alegrar o recreio dos mais novos.

Diogo Bessa, Carolina Batista, Eduardo Maia, Francisca Sá, João Costa, João Pedro Santos, Rafael Alves e Sebastião Peixoto são os oito artistas que assinaram as obras.

Na ótica da chefe de gabinete da presidência da Câmara Municipal de Braga, Ana Ferreira, esta é uma iniciativa que trabalha as dimensões pedagógicas, visto que as próprias crianças foram chamadas a colaborar e as silhuetas coloridas que sobem pelo edifício são de alunos que passaram pela escola. Uma dimensão social, no sentido que a população da freguesia foi auscultada e participou em assembleias comunitárias em que foram discutidas propostas a realizar em espaço público, desde postos de transformação da E-Redes às paredes, neste caso, de escolas. Em alguns pontos da cidade podem ser vistas interpretações de lendas.

Por último, a responsável sublinha a dimensão ambiental do projeto, pois nesta criação foram utilizados “sinais de trânsito em final de vida” para os painéis.


“Acredito que a comunidade de Crespos está mais enriquecida quer socialmente quer culturalmente e que depois, olhando para este mural, vêm o seu trabalho espelhado. Esta é a melhor forma de perpetuar a memória das pessoas”, defende aos microfones da RUM. 

No geral, o programa dá uma nova vida a sete regiões do país, o que resulta em mais de 150 obras de arte.

Para o diretor-geral da Fundação EDP, Rui Miguel Batista, esta iniciativa leva até às zonas que por norma têm menor acesso à cultura essa experiência. 

João Pinharanda, diretor do MAAT, adianta que todos os locais intervencionados serão compilados num roteiro turístico e artístico muito relevante para as comunidades. O documento já está disponível para consulta de forma gratuita aqui.


A autarquia pretende dar continuidade a este género de iniciativas, nomeadamente, através do Fenda – Festival de Arte Urbana.

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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Abel Duarte
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