PSD vai pedir audição urgente de Miguel Alves

Os sociais-democratas exigem que Miguel Alves vá ao Parlamento dar explicações sobre o caso em que está envolvido.

O secretário de Estado está a ser investigado pelo Ministério Público por causa de um contrato-promessa celebrado há dois anos, quando era presidente da Câmara de Caminha.

Em causa podem estar alegados ilícitos económico-financeiros.

O presidente do PSD disse também este domingo que o partido vai exigir o “esclarecimento total” do caso “estranho” que envolve o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro e ex-presidente da Câmara de Caminha, que está a ser investigado pelo Ministério Público.

“Nós, no PSD, quereremos o esclarecimento total, total, à volta do que tem vindo a público e que é, de facto, estranho e que nos lança para a necessidade de os cidadãos ficarem tranquilizados com os esclarecimentos que são dados”, afirmou Luís Montenegro, numa intervenção na tomada de posse da comissão política distrital de Viana do Castelo.

Luís Montenegro, que esta segunda-feira começa a iniciativa Sentir Portugal no concelho de Caminha, no distrito de Viana do Castelo, não quis “deixar passar em claro” a polémica em torno do secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro e ex-presidente da Câmara de Caminha, considerando que a entrevista que Miguel Alves deu ao Jornal de Notícias e à TSF “é tudo menos esclarecedora”.

O secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro já tinha dito estar disponível para dar explicações ao Ministério Público.

Miguel Alves foi “descuidado e negligente” e “escusa-se de fazer de vítima”


Luís Marques Mendes diz que Miguel Alves, o novo secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, foi “descuidado e negligente” quanto ao adiantamento de 300 mil euros que fez enquanto era autarca da Câmara de Caminha.

O comentador da SIC afirma que o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro deu uma “desculpa esfarrapada” e “escusa-se de fazer de vítima”.

Há dois anos, negociou e assinou um contrato de promessa de arrendamento de um pavilhão multiusos, avaliado em oito milhões de euros, que até ao momento ainda não se sabe onde vai ser construído.

Na altura, o então autarca garantiu a câmara e à assembleia municipal que os acionistas da empresa que será responsável pela construção do pavilhão têm experiência na área.

No entanto, o semanário Expresso, na edição de 28 de outubro, noticiou que a empresa em questão, a Green Endogenous, S. A., faz parte de um grupo de investimento que foi “criado na hora”.

Em entrevista ao Jornal de Notícias e à TSF, Miguel Alves mostrou-se seguro da legalidade do processo e explicou o porquê de não se ter pronunciado publicamente sobre esta polémica antes.

“E a minha primeira pronúncia não foi aqui, foi junto da PGR, através de carta, onde juntei a minha disponibilidade para prestar o meu esclarecimento a qualquer momento sobre o inquérito que foi aberto a propósito desta situação. Agora, estou aqui para que todos possam compreender a minha opção, uma opção legal, transparente e que defende o interesse público em Caminha e, também, no país”, disse Miguel Alves.

No entanto, a empresa foi criada em 2020, no mesmo ano em que o contrato foi negociado.

Em Caminha, a oposição pediu uma Assembleia Municipal Extraordinária para votar a resolução do polémico contrato, mas alega que encontrou entraves. A coligação que junta PSD, CDS, PPM e Aliança, em Caminha, fala num bloqueio propositado no acesso à informação que se arrasta desde o início do ano.

c/RTP e SIC

Partilhe esta notícia
Redação
Redação

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Clube de combate
NO AR Clube de combate A seguir: Musicodependência às 15:00
00:00 / 00:00
aaum aaumtv