Autarquia de Guimarães “feliz”, mas atenta ao anúncio de Unidade de Saúde de Local

A maioria no executivo socialista de Guimarães alerta para a necessidade de impedir que o Hospital Nossa Senhora da Oliveira perca centralidade com a instalação de uma Unidade Local de Saúde, anunciada esta semana pelo diretor executivo do SNS.

O tema foi levantado à margem da reunião de executivo desta quinta-feira. Os socialistas congratulam-se com o anúncio, mas a vereadora Adelina Pinto reconhece que é preciso cautela, nomeadamente pelos riscos que esta nova valência pode trazer à visibilidade e importância do Hospital Nossa Senhora da Oliveira. Sublinhando que se trata de “uma das melhores notícias dos últimos tempos para Guimarães”, a maioria socialista garante que vai estar atenta e a participar no desenvolvimento desta estratégia.

Ora, do lado da oposição, o social democrata Ricardo Araújo, lembra que por enquanto “há apenas um anúncio do governo”, no entanto, assume que a Unidade de Saúde Local “faz sentido”. O vereador da coligação Juntos por Guimarães exige, no entanto, que o município acompanhe ativamente todo o processo sob pena da cidade e dos utentes não sairem penalizados deste processo.

Recorde-se que uma Unidade de Saúde Local é uma Entidade pública de saúde composta por hospitais/centros hospitalares e por Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES), que garante a prestação de cuidados de saúde primários, hospitalares e continuados, de forma integrada, à população residente na respetiva área de influência.


Esta entidade tem personalidade jurídica, autonomia administrativa, financeira, patrimonial e natureza empresarial e existe apenas no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O SNS, que dispõe atualmente de oito ULS – Matosinhos (criada em 1999), Norte Alentejano (2007), Guarda (2008), Baixo Alentejo (2008), Alto Minho (2008), Castelo Branco (2010), Nordeste (2011) e Litoral Alentejano (2012) – passará a dispor de 12. A criação das quatro novas unidades representa um aumento de 50% face às existentes.

O diretor-executivo do SNS, Fernando Araújo, salienta que este aumento de 50% de ULS no país “representa uma dimensão profunda na construção de instrumentos de planeamento e organização do SNS, com relevantes ganhos em saúde, através da otimização e integração de cuidados, da proximidade assistencial, da autonomia de gestão, do reforço dos cuidados de saúde primários, sempre com o foco nos utentes”.

Esta abordagem vai “definir a reorganização” das instituições do SNS, que passam a assumir a resposta assistencial ao nível dos cuidados de saúde primários e cuidados hospitalares de forma integrada.

O plano de negócio das quatro novas ULS vai incluir a análise dos impactos clínicos e financeiros desta forma de organização, assegurando “os ganhos em saúde gerados pela integração de cuidados, pela proximidade das decisões, pelo incremento da autonomia das novas instituições, promovendo os cuidados de saúde primários como a base do sistema, fornecendo os meios e os recursos necessários para a sua missão”.

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Elsa Moura
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