AAUMinho sugere redução do preço das senhas para alunos carenciados

A nova presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho), Margarida Isaías, sugere uma redução no preço das senhas de cantina para os estudantes em dificuldade socio-económica já este ano. A representante máxima dos estudantes da academia minhota considera que esta é uma forma de ajudar os alunos, num ano particularmente difícil para as famílias portuguesas.

Esta terça-feira na RUM, na primeira grande entrevista enquanto presidente da AAUMinho, a aluna de Medicina sublinhou que a nova direção “está atenta ao que se passa com os estudantes e a tentar perceber se estão a sentir necessidades extraordinárias”. “Queremos ajudar ao máximo e temos uma proposta na área da alimentação, por exemplo. Faria sentido que as senhas de cantina fossem a um preço ainda mais acessível para os estudantes com necessidades socioeconómicas”, afiançou.

No espaço de entrevista Campus Verbal, dois dias após ter tomado posse como presidente da AAUMinho, a estudante de Medicina reconheceu o risco de aumento da taxa de abandono estudantil no decorrer deste ano letivo, consequência do aumento do custo de vida dos portugueses.

Entre as despesas dos estudantes deslocados pesa cada vez mais no orçamento familiar o alojamento. Com a garantia de construção de novas residências nas cidades de Braga e Guimarães, é certo também que esta resposta vai demorar cerca de dois anos a chegar. A presidente da AAUMinho antecipa, por isso, um aumento da lista de espera. 

“Com novas residências com boa qualidade, o número de pedidos certamente vai aumentar e com o aumento das necessidades socioeconómicas também irá aumentar, tanto de estudantes bolseiros como de não bolseiros”, alertou. A dirigente espera que o reforço do número de camas – cerca de mil, – nas cidades de Braga e Guimarães, seja “suficiente” para responder aos pedidos. A estudante diz que a preocupação da direção da AAUMinho vai para lá das novas residências, repetindo a mensagem de que urge requalificar as residências universitárias existentes. Nesta matéria, a presidente da AAUMinho assume, em simultâneo, que é sensível aos constrangimentos da atual reitoria, não só a título financeiro como também logístico, uma vez que não há como deslocar estudantes das residências durante o período letivo para a realização de obras nos edifícios.


Também por força da abertura de novas residências universitárias nos próximos anos nas cidades de Braga e Guimarães, a UMinho pode tornar-se ainda mais atrativa, assume a estudante de Medicina que não esquece outros fatores de relevo que pesam no momento da escolha de um aluno, nomeadamente a qualidade e reconhecimento do curso que pretendem, as condições de espaço de estudo e sala de aula, a vida académica e, “com grande impacto”, avisa, “as condições de alojamento”.

AAUMinho quer acelerar melhorias no serviço de transportes que presta à comunidade 


Os transportes entre campi, há muitos anos que são garantidos pela Direção da Associação Académica da Universidade do Minho. Este serviço, procurado por centenas de alunos que se deslocam entre as cidades de Braga e Guimarães, tem sido alvo de algumas melhorias, fruto das reivindicações dos utilizadores, mas há ainda trabalho a fazer. 

Recentemente, o seu trajeto passou a incluir o campus de Couros, na cidade de Guimarães, mas a dirigente assume “algumas queixas por parte dos estudantes”, nomeadamente a reivindicação de mais pontos de paragem e mais disponibilidade de lugares em determinados horários. Margarida Isaías garante que o assunto está em discussão e lembra que em articulação com os Transportes Urbanos de Braga, a comunidade académica conta, desde esta segunda-feira, 9 de janeiro, com uma maior frequência de autocarros na Linha 43 – Estação – Universidade do Minho, que passa a acontecer de quinze em quinze minutos ao longo do dia, e de dez em dez minutos entre as 8h20 e as 8h40, durante o período letivo.

Outro serviço prestado, em parte, pela Associação Académica da Universidade do Minho é o espaço de estudo. Está pronta a abrir portas, no arranque do segundo semestre, a sede da AAUMinho em Azurém, cuja requalificação recente, orçada em mais de cinquenta mil euros, serviu precisamente para disponibilizar um novo espaço de estudo à academia. 

“A necessidade de espaços de estudo tem vindo a ser uma reivindicação. Compreendemos as dificuldades da UMinho em obter mais um espaço. Nós tínhamos uma sede em que o espaço não era todo bem aproveitado e achamos que fazia sentido contribuirmos com mais este serviço para os estudantes”, explicou.

AAUMinho deve optar por lançamento de concurso público para construção da nova sede


A possibilidade tinha sido admitida por Duarte Lopes e é agora sublinhada pela sua sucessora, Margarida Isaías.

Aos microfones da RUM, a jovem estudante afirmou que a grandeza do projeto aponta nesse sentido. “Dado o enorme valor da obra iremos, muito provavelmente, levar o projeto a concurso público” ainda em 2023.

Na mesma medida, a aluna de Medicina também defende que a UMinho deve alienar o edifício da atual sede da AAUMinho, na Rua D. Pedro V, direcionando o valor arrecadado para ajudar a financiar o novo projeto, a cargo da estrutura estudantil. “A futura sede é uma ambição de gerações, com mais de vinte anos, com espaços para a direção, para os grupos culturais, para os núcleos de curso e para a comunidade em geral, prestando diferentes serviços. Tem custos muito grandes, a AAUMinho ainda não chegou ao valor necessário e, se for possível, a UMinho deve alienar o edifício para contribuir para a construção deste espaço”, argumentou.

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Elsa Moura
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