Delegação de Braga da LPCC precisa de nova sede para dar resposta a mais doentes oncológicos

Dez anos depois de abrir as portas na Rua D. Afonso Henriques, na União de Freguesias de Maximinos, Sé e Cividade, a delegação de Braga da Liga Portuguesa Contra o Cancro precisa de uma nova sede, para dar resposta a todas as solicitações de doentes oncológicos que lhes chegam.

“Com o número de doentes a aumentar exponencialmente, o espaço não estica”, alertou a presidente da delegação, Fátima Soeiro, na conferência de imprensa das comemorações do 10.º aniversário da LPCC de Braga.

Segundo a responsável, a delegação está a deixar de “atender pessoas, porque não tem sítio para as receber”. Atualmente, a lista de espera “tem aumentado, os centros de saúde e o hospital mandam doentes”, aos quais a LPCC Braga tem dificuldade em dar resposta, por falta de espaço e condições.

“A atividade não foi descurada no espaço exterior”, mas, segundo Fátima Soeiro, as intervenções em grupo não podem ser realizadas “por falta de espaço”. Para isso, a delegação tem contado com o apoio da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva e da Junta de Freguesia de S. Victor.

“Somos um parente pobre da saúde, não temos apoios estatais, não temos um espaço condigno, onde possamos desenvolver as atividades todas. Não temos sala de espera, é um corredor, onde as pessoas passam frio, porque os aquecedores deitam a luz abaixo, não temos uma casa de banho, é uma casa de banho pública”, descreveu a presidente.

A delegação de Braga pretende adquirir um imóvel, “mais ou menos central, na cidade, que tenha 300 a 400 metros quadrados, para poder desenvolver outras atividades num futuro próximo”. O tema já foi abordado na Rede Social.

Contactado pela RUM, o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, diz que, neste momento, na autarquia não tem nenhum imóvel disponível e que a única comparticipação que pode ser feita é no apoio ao arrendamento, tal como já acontece nas atuais instalações em Maximinos, mas não a uma futura aquisição.

A Delegação apela à comunidade e aos empresários do concelho que ajudem a angariar parte da verba, uma vez que a aquisição contará com um apoio do Núcleo Regional do Norte da LPCC. “Vivemos do que angariamos, precisamos de donativos e propomo-nos a disponibilizar uma das paredes da nova sede para colocar o nome das entidades que fizerem donativos”, apontou Fátima Soeiro.

Vítor Veloso, presidente do Núcleo Regional do Norte da Liga, considera “uma pena que uma cidade como Braga, a terceira maior do país, não tenha instalações condignas e suficientes para que esta delegação possa exercer as suas potencialidades, que são enormes, ao serviço do doente oncológico”. “Braga é, sem dúvida, a maior e melhor delegação do Norte. É uma dádiva para a população desta cidade e merecem ter instalações próprias com condições condignas, para atender os inúmeros doentes oncológicos e estender as suas potencialidades a outras vertentes importantes”, finalizou.