Oposição acusa autarquia de Guimarães de perder estação de alta velocidade para Braga

O líder da coligação Juntos por Guimarães, Ricardo Araújo, acusa o presidente da autarquia local, Domingos Bragança de não ter defendido os interesses dos vimaranenses ao deixar que Braga fosse a cidade escolhida para acolher a estação de alta velocidade que vai ligar Lisboa a Vigo. A mobilidade foi um dos temas levantados pela oposição na reunião de executivo desta quinta-feira e Ricardo Araújo considera que Domingos Bragança não teve peso na decisão tomada pelo governo socialista. “Infelizmente, o governo do PS tomou esta decisão, que não é a melhor para Guimarães. É um facto assumido progressivamente pelo próprio município. Essa localização não é a localização que melhor serve Guimarães, e que melhor defende os interesses de Guimarães”, critica. 

Para o social democrata, o presidente do município vimaranense fala apenas em “reuniões, estudos para aqui e estudos para ali”, e continua sem projetos definidos e financiados. “É um problema que nos preocupa imenso”, sublinhou.


Ricardo Araújo diz que Braga conseguiu um financiamento de 100Milhões de Euros do Plano de Recuperação e Resiliência para a instalação de um BRT na cidade e que é tempo de saber como é que o município vimaranense vai trabalhar a ligação à estação de alta velocidade que vai nascer na cidade dos arcebispos. “Continuamos sem saber, objetivamente, que passos foram dados, em concreto, e que garantias estão assumidas, para realizar a ligação de Guimarães ao centro de alta velocidade, independentemente da sua ligação”, conclui o social democrata.


Domingos Bragança lembra que foi o primeiro a defender a ligação entre Braga e Guimarães por metro de superfície e garante que o consenso em torno desta proposta é real

Em resposta, Domingos Bragança referiu que ganha cada vez mais peso a opção de ligação entre Guimarães e Braga por metro de superfície, e que o Plano Diretor Municipal já está a trabalhar o canal por onde vai passar a ferrovia ligeira. O socialista fez questão de recordar que foi ele próprio, em 2016, quem defendeu, em primeira mão e publicamente, a ligação de Guimarães a Braga em via própria, por metro ligeiro de superfície ou BRT. 

“Daí em diante, no âmbito do quadrilátero, do governo e da CCDR-N tenho, sistematicamente, levado este assunto e trabalhado este assunto. Não é por acaso que elaboramos estudos de mobilidade sustentável e estudos para projeto. Hoje já não é uma ideia, hoje o governo compreende a necessidade de ligação de Guimarães à alta velocidade, e da ligação dos sistemas de mobilidade de Guimarães e de Braga em via própria. O que exclui é a ligação por ferrovia pesada. A estimativa é que atingiria valores na ordem dos mil milhões de euros. Além disso, o metro ligeiro de superfície é mais flexível, com via própria”, esclarece. 

“Começa a haver consenso, quer pela câmara de Guimarães, quer pela câmara de Braga e quer pelo governo. Estamos no bom caminho”, concluiu, em resposta às críticas da coligação de direita.

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Elsa Moura
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