Marcha do Dia da Mulher em Braga não esquece casos de assédio na UMinho

Dezenas de pessoas assinalaram o Dia Internacional da Mulher com uma marcha pelo centro de Braga. A Rede 8M organizou, ao final da tarde desta quarta-feira, um protesto contra todas as formas de violência e reivindicaram a igualdade de género.

Um dos temas abordados foi o assédio na Universidade do Minho. Relatados no final de 2021, os casos levaram à abertura de um processo disciplinar, por parte da instituição, contra um funcionário dos Serviços de Ação Social, que acabou por ser arquivado.

Além disso, a reitoria ordenou a criação do Grupo de Missão para a Elaboração de Orientações de Prevenção e Combate ao Assédio, que redundou num relatório, divulgado há cerca de um ano. Passado esse tempo, Beatriz Coelho, do Coletivo Estudantil Feminista da Universidade do Minho, que integra a rede, considera que “ainda existe muita coisa a ser feita”. 


“A universidade deveria ter feito mais. Estamos a falar de mais de 100 denúncias que foram feitas, só uma foi vista e posteriormente arquivada. Isto é uma vergonha, tendo em conta que já se passou mais de um ano”, considera.


Também integrado na marcha, o colega Samuel Marinho destaca a importância de continuar “a luta estudantil e feminista” contra “um sistema capitalista que promove o machismo”. “Só assim é que conseguiremos progredir para uma sociedade melhor”, frisa.

A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) esteve representada. Rita Ribeiro, vice-presidente do departamento Social, enaltece a relevância de assinalar “uma causa super importante para toda a sociedade e para os jovens da comunidade académica”. Nesse sentido, refere que a AAUMinho “gosta de estar presente e apoiar as iniciativas dos estudantes que procuram combater problemas da sociedade atual”.


Fátima Almeida já estava na Praça da República antes do protesto começar. Agora, como no passado, não faltou à chamada. “Sou do tempo em que era normal dizerem que, por exemplo, «entre marido e mulher ninguém mete a colher» e hoje é crime público. Portanto, foi um avanço muito grande, embora continuem a acontecer, infelizmente, muitas mortes por violência doméstica”, exemplifica.

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Tiago Barquinha
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Carolina Damas
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