“Não à Via do Avepark”. Vimaranenses exigem ser ouvidos pela CMG

“Não à Via do Avepark” ou “Guimarães a ditadura permanece”, foram algumas das palavras de ordem da manifestação que teve lugar, esta terça-feira, durante a primeira Vitrus Talks, na Vila de Ponte. A sessão chegou mesmo a ser interrompida durante a intervenção do presidente do Município de Guimarães, Domingos Bragança.

Cerca de duas dezenas de pessoas aproveitaram a presença do secretário de Estado do Ambiente, Hugo Pires, para mostrar o seu desagrado em relação ao troço de apenas sete quilómetros que irá custar aos cofres do Estado 40 milhões de euros através do PRR – Plano de Recuperação e Resiliências, sendo que, neste momento, apenas estão garantidos 12,6 milhões de euros.

A empreitada em questão irá atravessar as freguesias de Ponte, União de Freguesias de Prazins Santo Tirso e Corvite, Santa Eufémia de Prazins e Barco.

À RUM, Miguel Coutinho, membro do movimento STOP Via do Avepark, alerta para o grande impacto ambiental, social e económico desta via. De acordo com o vimaranense, existem locais onde o talude pode chegar aos 22 metros, uma casa que terá por baixo um túnel e quintas que serão divididas a meio. Além disso, está previsto o corte de quase 15 ruas o que irá reduzir a mobilidade principalmente da população mais idosa.

Os manifestantes lamentam a falta de respostas da parte da autarquia socialista que, segundo Miguel Coutinho, tem mantido o projeto da Via do Avepark dentro de portas.

O vimaranense levanta a questão: “será que as empresas sediadas no Avepark contribuem assim tanto para criar esta via ou existem zonas industriais à volta que contribuem mais? Não faz sentido a criação desta via, podiam ser estudadas outras soluções como uma saída da autoestrada em Morreira ou pensar no alargamento da Nacional 101. o concelho tem problemas muito mais urgentes que necessitam de resolução ao nível das creches e lares”, defende.

Entre os manifestantes estava a presidente da Junta de freguesia de Prazins Santa Eufémia, Natália Fernandes.

Questionado pela RUM sobre os problemas levantados pelos manifestantes, o secretário de Estado com a pasta do Ambiente, Hugo Pires, que não falou com os manifestantes, apenas adiantou que “o progresso, o ambiente e o desenvolvimento sustentável têm de andar de mãos dadas”.

Nas próximas semanas, o movimento irá iniciar uma recolha de assinaturas com o intuito de levar esta questão a Assembleia Municipal Extraordinária, de modo a obrigar a Câmara Municipal de Guimarães a responder às suas dúvidas em relação a esta empreitada.

Partilhe esta notícia
Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Galiza Mais Perto
NO AR Galiza Mais Perto A seguir: Volta ao Mundo em 180 Discos às 22:00
00:00 / 00:00
aaum aaumtv