UMinho dá formação a futuros professores e médicos na Guiné-Bissau

No âmbito do projeto ‘IANDA – Reforço do Sistema de Saúde da Guiné-Bissau’ e sob coordenação técnica e científica da Escola de Medicina da Universidade do Minho, 24 médicos guineenses terminaram na última semana de abril a Formação Médica Avançada nas áreas clínicas de anestesiologia, cirurgia geral e ginecológica. 


Este programa pretendeu dotar as unidades hospitalares de médicos com competências acrescidas em áreas críticas na prestação de cuidados de saúde à população, conduzindo a uma melhoria gradual dos índices de qualidade dos cuidados de saúde prestados, com impacto ao nível da diminuição das taxas de mortalidade e morbilidade.


A formação teve a duração de 13 meses, sendo que 10 foram cumpridos na Guiné-Bissau e três em Portugal, em estágios observacionais em contexto clínico que envolveram seis hospitais portugueses. Este modelo integrou a realização de um pré-curso de proficiência de língua portuguesa e informática médica e de uma formação online teórica médico-cirúrgica.

Os médicos envolvidos no programa foram orientados por médicos especialistas de hospitais portugueses numa ação formativa que ajudou a reforçar a capacidade local de formação médica, reconhecendo de forma progressiva a competência dos clínicos guineenses, abrindo portas a futuras formações de especialização. Em simultâneo, foi ainda garantida formação a seis médicos na área da medicina interna. 


Na sessão de encerramento estiveram o Ministro da Saúde Pública, Dionísio Cumba, o Embaixador de Portugal, José Rui Velez Caroço, o Reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, e a Diretora do Programa Parcerias com África da Fundação Calouste Gulbenkian, Maria Hermínia Cabral.

O Ianda Guiné Saúde – Reforço do Sistema de Saúde da Guiné-Bissau é um projeto financiado pela União Europeia, gerido e cofinanciado pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., e cofinanciado pela Fundação Calouste Gulbenkian.

UMinho apoia reforma curricular do ensino básico da Guiné-Bissau


Um grupo da UMinho liderado por Rui Vieira de Castro cumpriu na última semana de abril uma ação de acompanhamento da experimentação dos materiais pedagógicos elaborados no âmbito da Reforma Curricular do Ensino Básico (RECEB) da Guiné-Bissau. 

A ação teve lugar em escolas-piloto do projeto que foi iniciado em 2015/16 e do qual a UMinho é parceira, ao lado da Fundação Calouste Gulbenkian, o Ministério da Educação Nacional da Guiné-Bissau, a UNICEF e o Banco Mundial. Ao longo dos anos, o projeto envolveu cerca de 40 docentes do Instituto de Educação, Instituto de Ciências Sociais, Escola de Ciências e Escola de Letras, Artes e Ciências Humanas.

O trabalho da equipa da UMinho contemplou a elaboração, em colaboração com o Instituto Nacional para o Desenvolvimento da Educação (INDE), de um documento orientador da RECEB, que apresenta a filosofia subjacente à reforma e os planos de estudos para os três ciclos do ensino básico, de programas para as cinco disciplinas do 1.º ciclo e para as oito disciplinas do 2.º ciclo e de conteúdos para os respetivos manuais escolares, destinados aos alunos, e guias dos professores. 

Os manuais e os guias do professor do 1.º ciclo começaram a ser testados em escolas piloto em 2022/23, tendo duas dessas escolas sido visitadas pela comitiva, que dialogou com dirigentes escolares, professores e alunos sobre a RECEB e os materiais do 1.º ciclo produzidos no seu âmbito.

O projeto promoveu a formação pedagógica de mais de 150 professores, diretores de escola, inspetores e outros agentes educativos, bem como a formação científica de cerca de 3 mil professores.  A iniciativa viu recentemente o seu âmbito ser alargado à educação pré-escolar e a programas de educação destinados a crianças que não completaram os seis anos de escolaridade obrigatória e que estão fora do sistema educativo.

No âmbito desta iniciativa foram visitadas duas escolas de formação de educadores e de professores do 1.º ciclo que têm colaborado no RECEB. A comitiva da UMinho manteve ainda reuniões com parceiros e responsáveis da educação na Guiné-Bissau.

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Sérgio Xavier
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