Nova plataforma portuguesa quer acabar com redes de contratação de migrantes
Minimizar a falta de mão-de-obra e as dificuldades que enfrentam aqueles que mudam de país à procura de oportunidades. Estes são os principais objetivos da nova plataforma portuguesa, ‘KamWork’. Lançado no 8.º Programa de Aceleração da Startup Braga, o projeto quer acabar com as redes de contratação de migrantes.
“Todos conhecemos histórias de trabalhadores migrantes e do caos que têm de enfrentar no percurso que fazem”, começa por dizer à RUM, David Rodrigues, um dos fundadores do projeto. De acordo com o responsável, a ‘KamWork’ pretende “responder à crise dos migrantes e simplificar a contratação internacional de recursos humanos”.
O projeto dirige-se aos trabalhadores dos setores da construção, agricultura e serviços. A plataforma, além de colocar em contacto quem procura e quem oferece emprego, integra uma aplicação que vai permitir aos utilizadores disporem de uma série de serviços, nomeadamente no que toca à mobilidade, à acomodação, passando pelo apoio nas viagens e na gestão de dinheiro.
Para o migrante, a aplicação vai permitir colocar o seu perfil, a sua experiência, para onde quer migrar e até gravar um pequeno vídeo a desempenhar uma tarefa, como, por exemplo, pintar uma parede. “Isto vai servir para o futuro empregador ter uma melhor perceção sobre as competências do trabalho do migrante”, aponta. Para as empresas, a plataforma web vai permitir colocarem as suas necessidades de mão-de-obra e as suas ofertas de trabalho. “Havendo interesse de ambas as partes, abre-se um chat de comunicação, com tradução em simultâneo, em que o futuro empregador pode conversar com o futuro trabalhador”, explica.
Segundo David Rodrigues, a intenção é que a aplicação, que será testada dentro das próximas semanas, entre no mercado português e nos PALOP ainda este ano.
A equipa da KamWork conheceu-se no âmbito de um MBA na Católica Porto Business School, tendo todos os elementos mais de 20 anos de experiência em diferentes áreas. Daniel Teixeira em IT, David Rodrigues em questões humanitárias, Joaquim Adegas em Recursos Humanos e Rute Vinhas Pereira em Finanças.
