“Vamos ter uma equipa de programação com multiplicidade de visões”

Trabalhar com uma equipa de programação diversificada e multifacetada é um dos desafios destacados por Luís Fernandes para abraçar as novas responsabilidades enquanto diretor artístico do Theatro Circo e do gnration. Paulo Brandão sai de cena para dar lugar a uma nova definição que o município de Braga pretende dar aos espaços culturais e linha programática do município. Nos últimos dez anos, Luís Fernandes, músico natural de Braga foi responsável pela definição cultural do gnration, que se destaca nos dias de hoje no panorama das media arts, dentro e fora de portas. 


O município optou por não abrir concurso público e encontrou dentro de portas o profissional artístico para liderar esta nova etapa dos espaços culturais diretamente afetos ao município.  


Uma nova etapa que encara com “responsabilidade e muito respeito”. Nas primeiras declarações públicas enquanto novo diretor artístico, Luís Fernandes assume como grande fator motivacional “poder contar com uma equipa de programação que garantirá a diversidade e a multiplicidade de visões que um projeto mais abrangente como este merece”. 


A nova equipa de programação trabalhará a estratégia e programa para o quadriénio 2024-2027. O ano de 2024, com programa já parcialmente definido em ambas os espaços, será um ano de transição para uma nova lógica organizacional e programática, que entrará em vigor de forma efetiva em 2025, ano em que a cidade de Braga assumirá o título de Capital Portuguesa da Cultura.

Equipa está a ser maturada tendo em vista um grupo coeso


Luís Fernandes assegura que os dois espaços culturais vão manter a sua autonomia e independência, com a vantagem de “trabalhar de forma integrada a partir da visão múltipla da equipa de programação”. Os elementos que irão acompanhar Luís Fernandes ainda não estão fechados, mas o programador antecipa “um misto de pessoas que fazem parte da estrutura com capacidade para trabalhar áreas específicas, mas também pessoas que venham de fora”. “Precisamos de visões múltiplas, distintas sobre aquilo que são os espaços culturais e também uma relação próxima com a natureza do território e da cidade, e um diálogo permanente”, acrescenta.

 

Questionado sobre eventuais mudanças na linha de programação definida por Paulo Brandão para o Theatro Circo na última década, Luís Fernandes sublinha a ideia de que é necessário “manter a bitola artística de nível elevado de uma sala como o Theatro Circo merece”. “Claro que olharemos para estes dois equipamentos com uma ideia de abrangência, de envolvimento da comunidade, de leitura do nosso contexto cultural e artístico e também com um olho naquilo que é uma dimensão internacional que o Theatro Circo pode ter e que o gnration tem vindo a ter nos últimos anos”, explica ainda.

“O Paulo fez um trabalho inspirador. Não caiu em facilitismos”


Paulo Brandão, “amigo e colega” com quem Luís Fernandes garante que continuará a contar também esteve envolvido neste processo de transição. Sobre o programador, Luís Fernandes considera que Paulo Brandão “foi uma pessoa fundamental para a afirmação do Theatro Circo aquando da sua reabertura”, em 2006.”Fez um trabalho que me marcou enquanto consumidor de cultura e enquanto músico”, afiança. Agora, com esta nova responsabilidade pela frente, Luís Fernandes confessa que pretende seguir o exemplo e “não cair em facilitismos, como o Paulo também não caiu”. “Há uma relação excelente e que continuará a ser. A vida é mesmo assim e os ciclos vão-se mudando”, remata.

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Elsa Moura
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Carolina Damas
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