Pólo de Guimarães da Universidade das Nações Unidas pede apoio ao Governo para se tornar instituto

A diretora da Unidade Operacional em Governação Eletrónica da Universidade das Nações Unidas (UNU-EGOV), considera que estão reunidas as condições para transformar a unidade operacional num instituto. Criada no ano de 2014, em Guimarães, é uma das 13 estruturas afetas à UNU, a única da Península Ibérica.


A propósito da visita do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, ao local, esta segunda-feira, Delfina Soares explicou que a mudança de estatuto depende de “vontade política”. Do lado da reitoria da universidade, sediada em Tóquio, no Japão, existe esse “desejo” e falta agora que “o governo português tenha a mesma vontade”. 


Para breve está prevista uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, atendendo também a que o acordo em vigor, que estabelece as bases para o funcionamento da unidade operacional, termina no final do ano.

No atual exercício, que começou em 2019, cerca de metade do dinheiro recebido até agora proveio do Estado. A responsável máxima da estrutura de Guimarães adianta que, a concretizar-se a transformação, “as contribuições financeiras do Estado seriam noutra ordem de grandeza”.


Entre académicos e administrativos, a UNU-EGOV conta com 41 elementos (originários de 19 países), o dobro dos que tinha em agosto do ano passado. No entender de Delfina Soares, “apesar de ainda não existir o reconhecimento formal, já atua quase como um instituto”, face à “quantidade de solicitações que tem”.

Atualmente, assinala, “quando se fala com investigadores da área da governação digital, as pessoas imediatamente associam a Guimarães e Portugal”, o que constitui “uma mais-valia para a região e para o país”. “Apenas com as despesas com recursos humanos, só com as contribuições que recebemos do governo português teríamos grandes dificuldades em cobri-la. Estamos a conseguir fazê-lo porque estamos a gerar verba”, refere, esclarecendo que, nos últimos três anos, a receita gerada foi 1,4 vezes superior ao valor do financiamento.



 “É um contributo muito importante de Portugal para a Universidade das Nações Unidas”

A UNU-EGOV dispõe de três mestrados e três doutoramentos, em parceria com outras instituições, além de se focar na investigação e nos serviços de assessoria e consultoria, sobretudo direcionados para os PALOP – Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, nações da América Latina e do Médio Oriente.

Enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva lidou de perto com os primeiros anos de implementação deste projeto em solo vimaranense. O agora presidente da Assembleia da República enfatiza que se trata de “um contributo muito importante de Portugal para a Universidade das Nações Unidas na área da transição digital”.


“É sabido que a Organização das Nações Unidas está a preparar um grande documento internacional sobre a transição digital. Também é sabido da importância da governação eletrónica para a melhoria da qualidade da governação e que esta unidade tem servido para fomentar ou incrementar a cooperação no âmbito dos países de língua portuguesa”.

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Tiago Barquinha
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Abel Duarte
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