“O Quadrilátero tem potencial para ser uma zona metropolitana para a cultura”

O Diretor Artístico do Centro Cultural Vila Flor e Artes Performativas d’A Oficina, em Guimarães, Rui Torrinha está convicto de que “chegou o momento” de trabalhar de forma mais consistente um programa cultural entre os municípios de Guimarães, Braga, Famalicão e Barcelos. A posição foi assumida na noite desta terça-feira, aos microfones da RUM. O programador diz que o desejo “tem algum tempo” e o quadrilátero “pode ser uma zona metropolitana para a cultura”. “Há todo o potencial para isso. Pela diversidade, pela potência que existe, o facto de termos uma universidade… há vários ingredientes que só estão à espera de ser ativados e acho que isso cabe responsabilidade a alguns de nós, de tomar essa iniciativa de falarmos uns com os outros e de colocarmos isso em marcha“, sublinha em entrevista ao programa Campus Verbal.
Entretanto, alguns diretores de teatros destas cidades já tiveram “conversas informais sobre a ideia de cada projeto emblemático de cada cidade circular nas outras cidades”, à semelhança do que acontece com o festival internacional de circo contemporâneo Vaudeville Rendez-Vous, que nasceu em Famalicão e que, entretanto, percorre as quatro cidades uma semana por ano.
Rui Torrinha afirma que “a partir desta nova temporada há uma oportunidade e uma ambição” para trabalhar uma programação cultural partilhada, aproveitando, nomeadamente, a chegada de Luís Fernandes à direção conjunta do Theatro Circo e gnration, em Braga. Aliás, para Torrinha, o Semibreve “podia perfeitamente fazer uma extensão a Guimarães”.
Já com a Casa das Artes, em Vila Nova de Famalicão, dirigida por Álvaro Santos, o programador vimaranense dá como exemplo a ligação a projetos de ópera, algo que o CCVF não programa. “A circulação de projetos no quadrilátero seria perfeitamente possível, isto se fosse do desejo de todos. Acho que talento não falta”, atira.
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