Braga. PSD exige ao Governo que recue na decisão de encerrar urgência de obstetrícia em agosto
A distrital de Braga do PSD exige ao Governo que recue que mantenha o Serviço de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia e o Bloco de Partos do Hospital de Braga a funcionar em pleno, no mês de agosto.
Depois de o Governo ter dito que não estava previsto encerramento destes serviços a Norte do país, a unidade de saúde bracarense informou, esta quarta-feira, que o serviço estaria a funcionar de forma condicionada no próximo mês, devido “à dificuldade em completar as escalas de trabalho necessárias”.
Para Paulo Cunha, “esta é uma péssima notícia para a região”. “Estamos a falar de uma das regiões mais jovens do país, onde felizmente tem havido uma recuperação da natalidade, e, depois de o Governo ter assumido um compromisso com a região de que esse encerramento não aconteceria, esperamos que os nossos governantes honrem a sua palavra”, acrescentou em entrevista à RUM.
O social democrata lamenta que o Governo não tenha conseguido “acautelar esta situação, nem tenha tido a capacidade de dialogar com os profissionais de saúde”. “Exigimos ao primeiro-ministro de Portugal que recue nesta posição e que encontre uma alternativa que permita que o hospital esteja em funcionamento”, afirmou o também vice-presidente do PSD.
Paulo Cunha considera que o problema não está no ministro que tutela a pasta, mas sim do funcionamento do sistema. “A região de Braga exige um Governo capaz de resolver os problemas, mas é um hábito a incapacidade de o Governo dialogar com os diversos setores e o país perde com isso porque a degradação do serviço público é uma evidência”, denotou.
“A verdade é que qualquer mãe residente em Braga não pode dar à luz em agosto. Está proibida. Ou antecipa o parto ou atrasa, se possível, o nascimento da criança ou, em alternativa, terá que mudar de residência, porque o Hospital de Braga vai encerrar os serviços na maternidade e urgência de obstetrícia durante, pelo menos, 11 dias em agosto”, refere o PSD Braga.
