Administradora dos SASUM diz que aumento de preços era “inevitável”

A administradora dos Serviços de Ação Social da Universidade do Minho (SASUM), Alexandra Seixas afirma que era inevitável aumentar os preços de alojamento nas residências universitárias, assim como os preços de cada refeição nas cantinas e bares. Em causa está o aumento da inflação em todos os setores de atividade, tratando-se de uma questão de sustentabilidade dos próprios serviços.
A decisão de aumentos foi tomada no último Conselho de Ação Social da UMinho, em setembro passado e colocada em prática no início deste mês.
Desde o passado dia 1 de outubro que um quarto individual numa das residências da UMinho passou a custar 162 euros, mais doze euros face ao ano anterior. Já na alimentação, uma refeição na cantina passou de 2 euros e cinquenta para dois euros e oitenta cêntimos.
Aos microfones da RUM, Alexandra Seixas admite que “não houve alternativa”. “A inflação teve um impacto severo nas nossas despesas. Nos serviços alimentares, a taxa de inflação foi de 13%. Na água, eletricidade e outros combustíveis, a taxa de inflação registou um aumento de 12,8%”, disse par logo de seguida referir que “mesmo assim”, a taxa de inflação aplicada pelos SASUM foi de 7,8%, um aumento que “não cobre os custos”. Sublinhando a necessidade de “garantir que os serviços sejam sustentáveis para fornecer apoio aos estudantes”, a administradora alerta ainda o subfinanciamentos dos Serviços de Ação Social da Universidade do Minho.
AAUMinho e estudantes bolseiros votaram contra a proposta em sede de conselho de ação social mas não conseguiram travar o aumento
O aumento está a ser contestado pela Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho). Margarida Isaías, presidente da AAUMinho, refere que numa altura “muito difícill” em que os estudantes e as famílias mais necessitam destes apoios, as suas despesas voltam a aumentar.
“Os SASUM têm a missão de apoiar os estudantes que mais necessitam e, nesta altura, os estudantes precisavam de mais ajuda e não disto”, respondeu à RUM confirmando o voto contra da AAUMinho e de um estudante bolseiro representados no último conselho de ação social.
A via do diálogo é, por enquanto, a única forma que a AAUMinho pretende seguir na tentativa de minimizar estes impactos na vida dos estudantes. “Estamos a ver o que podemos fazer. Para já tem sido o diálogo para perceber se conseguimos encontrar alternativas”, finalizou.
