Comissária destaca papel do PNL na “luta contra a desinformação”

A comissária do Plano Nacional de Leitura (PNL) considera que a promoção da literacia mediática é “um desafio ambicioso”. Regina Duarte marcou presença na cerimónia de abertura do segundo dia da Conferência PNL, que decorre, esta quinta-feira, no Theatro Circo, em Braga.
Salientando que o projeto “não assume um papel regulador na produção de notícias, nem na autorização de canais de informação”, destaca que tem como missão “contribuir para melhorar os níveis de literacia do país”, ajudando na “luta contra a desinformação”.
Com a multiplicidade de fontes e de meios que originam conteúdos, Regina Duarte ressalta que o trabalho deve ser feito não só junto da população escolar, como também dos mais velhos. “Corremos o risco de ter uma faixa alargada da população adulta que não cresceu num meio digital e que fica alienada daquilo que são algoritmos e manipulações em massa, feitas à medida de cada leitor”, refere, enaltecendo a importância de “desenvolver competências e ferramentas avançadas de leitura”.
Pela primeira vez, a Conferência PNL foi descentralizada e dividida por duas datas. Na terça-feira voltou a acontecer em Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian, mas hoje passa por Braga. O presidente da Câmara Municipal enaltece a relevância desse acontecimento, a que acresce o facto de coincidir com o dia inaugural do Utopia, novo festival de literatura.
Além disso, Ricardo Rio enfatiza “o trabalho muito importante de concertação de esforços de valorização da leitura, através de uma abordagem inovadora e criativa, para levar a leitura e os livros até a um público cada vez mais alargado”. Dá o exemplo do projeto ‘Braga a Ler+: Rede de Bibliotecas de Braga’, dinamizado pela Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, que recebeu o Prémio Ler+ 2023, na categoria ‘Sociedade Civil’, no primeiro dia da Conferência PNL.
