‘Nós, Cidadãos!’ defende serviço militar obrigatório e referendo sobre regionalização

O ‘Nós, Cidadãos!’ considera que se deve isentar as propinas para alguns estudantes, com a medida a ser aplicada consoante “o rendimento do agregado familiar”. O assunto foi abordado pelo cabeça de lista por Braga em entrevista à RUM.
Délio Pinto Lopes defende uma reavaliação de cada processo de seis em seis meses ou quando existirem “alterações nos rendimentos”. As bolsas de ação social, que, em determinados casos, já cobrem o valor das propinas, no seu entender, “não são suficientes”, destacando que “há alunos do ensino superior que abandonam os estudos por falta de apoios, quer sociais, quer residenciais”.
Segundo o programa político, o ‘Nós, Cidadãos!’ é favorável à reforma da administração local, com o reagrupamento facultativo de concelhos em municípios supraconcelhios, novas unidades de gestão territorial de escala aproximada das NUTS III, designadas «Comunidades Regionais». Para Délio Pinto Lopes, “o referendo deve ser o ponto de partida” para se avançar com um processo “semelhante à regionalização” e acusa os outros partidos de “não cumprirem” as leis e as propostas apresentadas.
O plano do ‘Nós, Cidadãos!’ assenta em quatro pontos cardeais: uma sociedade de direitos humanos, reforma do sistema político e eleitoral, promover a transparência e combater a corrupção e nova estratégia nacional. Uma das medidas que emana dessa rosa dos ventos é o serviço militar obrigatório. O candidato por Braga explica que todos os cidadãos devem cumpri-lo durante seis meses, assim que acabarem os estudos – ensino secundário ou ensino superior – e antes de entrarem no mercado de trabalho.
Nas últimas eleições, em 2022, o ‘Nós, Cidadãos’ não concorreu pelo distrito de Braga e, em 2019, amealhou 1.017 votos no território, de um total de 12.379. O objetivo é conseguir “um melhor resultado”, apesar de lamentar a falta de candidaturas do partido. “Pensei que conseguiríamos concorrer em todos os distritos, mas só estamos a fazê-lo nos círculos de Braga, Porto, Madeira, Europa e fora da Europa. Vai dar uma percentagem um bocadinho baixa, mas é mais por culpa de não termos candidatos para todos os círculos do que a valia que o ‘Nós, Cidadãos!’ apresenta para uma boa governação”, justifica.
Consulte o programa político do ‘Nós, Cidadãos!’ aqui.
