“Não era o resultado que o Partido Socialista ambicionou”

“Não era o resultado que o Partido Socialista (PS) ambicionou e pelo qual pugnou ao longo destes últimos meses”, admite, aos microfones da RUM, Pedro Sousa, um dos deputados eleitos nesta noite eleitoral. O PS conseguiu 157.099 votos (28,24%) no distrito de Braga, assegurando a eleição de seis deputados, menos três do que em 2022.

“Sabemos que o distrito de Braga é um distrito tipicamente charneira e um distrito que normalmente dá um horizonte daquilo que vai passar-se no país. Este ano, achávamos que ia ser uma noite eleitoral muito próxima, neste momento, por aquilo que se perspetiva, poderá haver uma vitória do Partido Socialista por alguns milhares de votos”, afirma, tendo em conta estarem algumas freguesias por apurar.

Pedro Sousa fala de uma “noite triste do ponto de vista local”, pela perda de mandatos no distrito, mas mostra-se confiante na vitória a nível nacional. Contudo, vinca, que o resultado desta noite eleitoral é “um péssimo Parlamento para o país”.

“Um Parlamento claramente instável, com muitos deputados iliberais que não vivem dentro das fronteiras da democracia, dos valores da liberdade, da fraternidade, da igualdade, e, portanto, temos um Parlamento pior saído destas eleições do que tínhamos até 7 de novembro”, remata. 

O presidente da comissão política concelhia do PS Braga garante, no entanto, que o partido está “vivo” e “forte”. “O PS deveria ser julgado daqui a dois anos e meio. Viu o seu mandato interrompido, ao que sabemos hoje, por razões que não têm grande substrato, que não têm grande substância, que não são sólidas, com a investigação do processo Influencer. E, portanto, o PS demonstra que está vivo, que está forte e que, quer os seis deputados do distrito de Braga, quer os mais de 80, quase 90, que o Partido Socialista terá no Parlamento, o PS estará a cumprir o seu papel da defesa daquilo que são os seus valores, em defesa de uma sociedade portuguesa, com um SNS plural para todos, com uma escola pública garante e elevador social para todos”, assegurou. 

Sobre quem será o primeiro-ministro potuguês, Pedro Sousa acredita que “tudo está em aberto” e que será necessário esperar pelos votos dos emigrantes. “Acho que essa é a grande marca desta noite, que é uma eleição que não fica resolvida na noite eleitoral”, aponta.


O deputado socialista saúda ainda o “aumento da participação” nestas legislativas, mas lamenta o crescimento do partido Chega. “Enquanto democratas, temos mais dificuldade, nos 50 anos do 25 de Abril, em vermos um partido como o Chega, claramente iliberal, com mais de quarenta deputados na Assembleia da República. Deve-nos a todos, enquanto regime, enquanto país, enquanto sociedade e comunidade, fazer pensar”, afirma.

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Catarina Martins
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